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Vikings: 10 fatos para você conhecer a história real desse povo guerreiro

Vikings: 10 fatos para você conhecer a história real desse povo guerreiro


Os vinkings foram uma civilização da região da Escandinávia que se destacou na história da Europa pelas suas atividades de comércio, exploração e colonização. O auge dessa civilização, conhecido como Era Viking, durou aproximadamente 300 anos – do final do século VIII ao século XI. O fim da Era Viking coincide com a conversão dos povos escandinavos ao cristianismo.

Famosos pelas suas habilidades navais e guerreiras, os vikings se dedicavam às atividades agropecuárias dentro de seus territórios, que ocupam as atuais Dinamarca, Noruega e Suécia.

Hoje os vikings são retratados na literatura e nas telinhas como sujeitos enormes que usavam capacetes de chifre e cultivavam longas barbas loiras. Além disso, são descritos como navegantes bárbaros, cruéis e sanguinários.

Mas o que é fato e o que é lenda na história desse povo que até hoje desperta tanta curiosidade?

1. Sim, os vikings eram guerreiros bem brutais

O primeiro ataque viking de que se tem registro ocorreu em junho de 793. O alvo foi um mosteiro na ilha britânica de Lindisfarne, na costa nordeste da Inglaterra. De acordo com relatos da época, os vikings chegavam de forma inesperada e eram bastante rápidos e violentos nas suas ações.

O objetivo dessas viagens pelos mares era a pilhagem. Um ano depois do ataque a Lindisfarme, outro mosteiro foi assaltado pelos vikings no norte da Inglaterra. Em 795, foi a vez dos mosteiros das Ilhas Ocidentais, no noroeste da Escócia. A preferência pelos mosteiros se explica pelo fato desses lugares guardarem objetos muito valiosos e serem pouco protegidos.

2. Viking significa “navegador”

Durante um bom tempo se pensou que o nome viking derivava do nome da região de Viken, que fica ao redor do Fiorde de Oslo, na Noruega. O viking nada mais seria do que o habitante dessa região. Mas isso não é verdade.

A palavra viking vem do nórdico antigo víkingr, termo que designa não uma região, mas uma ocupação ou profissão. No caso, a navegação. O nome vem de vik, que significa “porto”. O víkingr é o que se ocupa das atividades relacionadas ao porto.

É o navegador – que faz comércio, promove expedições, mas que também pode saquear e matar. Por isso, o termo víkingr também ganhou ao longo do tempo o significado de “pirata”.

Vikings a Caminho da Terra, do artista inglês Frank Bernard Dicksee.

3. O que motivou os ataques vikings

Já dissemos que os vikings, dentro de seus territórios, dedicavam-se sobretudo à agricultura e à pecuária. Mas também já dissemos que, num dado momento, eles resolveram pôr os seus navios (os dracares) na água para atacar outros povos e ocupar novos territórios.

São dois os motivos pelos quais os vikings iniciaram sua expansão no final do século VIII:

  • O crescimento da população e a escassez de terras teriam pressionado os vikings a buscar novos territórios. Assim, com muita gente e poucas terras para cultivar, parte da população teria se lançado aos mares. Mas essa explicação só vale para alguns locais da Escandinávia.
  • De um modo geral, o que motivou a expansão viking foi mesmo a busca por riquezas: ouro, prata e objetos preciosos. Isso era feito por meio de saques ou taxas impostas a outros povos. Outra maneira de conseguir riquezas era através da venda de escravos.

4. Quais territórios foram invadidos pelos vikings?

O primeiro lugar atacado pelos vikings foi a atual Inglaterra, na época dividida em reinos anglo-saxões. Na sequência, os atuais territórios da Escócia, Irlanda e País de Gales foram alvo dos ataques vikings.

Os vikings chegaram à Islândia por volta do ano 900. Mais tarde, fundaram colônias na Groenlândia. Na França, apesar dos ataques durante todo o período, só conseguiram se estabelecer na Normandia. Houve saques também na Península Ibérica e na costa do Mar Mediterrâneo.

A expansão viking também chegou ao leste da Europa, tendo sido importante a incursão pela Rússia. O controle de parte do território russo foi sem dúvida um dos maiores feitos da expansão viking rumo ao Oriente.

Mapa da expansão escandinava mostra áreas em que os vikings estabeleceram assentamentos entre os séculos VIII e XI.

5. Os vikings descobriram a América!

Por incrível que pareça, os vikings chegaram à América do Norte séculos antes desse continente ganhar esse nome. Após chegarem à Islândia e à Groenlândia, esses navegadores destemidos continuaram rumando a oeste até chegarem à atual costa do Canadá, mais ou menos 500 anos antes dos conquistadores espanhóis desembarcarem nas Antilhas. Incrível, não é mesmo?

Segundo a Saga dos Groenlandeses, o explorador nórdico Bjarni Herjólfsson teria descoberto o que hoje chamamos Canadá no ano 986. Teria sido o mau tempo o responsável por desviá-lo de sua rota para a Groenlândia.

Herjólfsson limitou-se a contornar a costa daquelas terras desconhecidas. Anos mais tarde, Leif Ericsson desembarcou por lá, tornando-se o primeiro europeu a pisar no Novo Mundo. Ericsson ficou lá por algum tempo. Após descobrir videiras silvestres, ele deu àquela terra o nome de Vinland (ou Vinlândia, a “Terra do Vinho”).

Depois disso, outras expedições foram feitas a Vinland, e Thorvaldr, irmão de Ericsson, chegou a morar lá por dois anos. Foi morto numa armadilha feita pelos nativos.

Por isso, da próxima vez que perguntarem quem descobriu a América, você já pode dizer: foi um viking!

5. Como foi o fim da Era Viking?

O auge da civilização viking coincide com o auge de sua expansão. E seu declínio coincide com o fim das invasões, no século XI, mais especificamente em 1066, com a derrota do rei da Noruega, Haroldo Hardrada, na Batalha de Stanford Bridge. Essa batalha terminou com o fracasso da última invasão escandinava da Inglaterra e pôs um ponto final à Era Viking.

Mas há fatores mais amplos que explicam o fim desse período:

  • Aprimoramento da resistência: os outros povos melhoraram suas defesas, aumentando a dificuldade dos invasores vikings.
  • Diminuição da vantagem militar nos mares em relação aos outros povos.
  • Propagação do cristianismo por toda a Europa, inclusive nos países nórdicos.
  • Assimilação às culturas locais dos vikings e seus descendentes que haviam emigrado há mais tempo. Isso significou uma perda do contato com a sua cultura de origem.

6. Qual era altura de um viking?

Os vikings geralmente são representados como loiros fortes e grandalhões. No que diz respeito à fisionomia, eles eram semelhantes aos atuais habitantes da Noruega ou da Dinamarca. Mas com certeza eram mais baixos.

Análises em restos mortais revelam que um homem viking tinha em média 1,72 m, contra 1,82 m de um dinamarquês atual. Uma mulher viking tinha em média 1,59 m. Uma dinamarquesa do século XXI tem 1,68 m.

7. Havia escravos na sociedade viking?

Sim, havia escravos na antiga Escandinávia. Já falamos das expedições nórdicas, que marcaram o auge da chamada Era Viking. Nessas expedições, além do fruto da pilhagem, os viajantes guerreiros também aprisionavam pessoas, que eram submetidas à escravidão.

Essas pessoas escravizadas podiam ser negociadas – o comércio de escravos era uma prática bastante comum entre os vikings. Outra forma de lucrar com a captura de pessoas era o pedido de resgate às famílias.

Além disso, alguns crimes eram punidos com a escravidão.

8. Os vikings estavam bem à frente do seu tempo em termos de igualdade de gênero

Talvez não se possa falar em igualdade de gênero entre os vikings. Mas é certo que, nesse quesito, eles estavam anos luz à frente da Europa cristã.

Havia divisão de tarefas na sociedade viking, e o papel primordial da mulher era cuidar das crianças e das atividades domésticas. Até aí, nenhuma novidade. Mas não havia diferenças entre homens e mulheres perante a lei. As mulheres podiam se tornar proprietárias de terras e administrar o próprio dinheiro. Além disso, compartilhavam com os homens o direito de solicitar o divórcio.

9. Qual era a religião dos vikings?

Detalhe da tela Thor Luta com os Gigantes, do artista sueco Mårten Eskil Winge.

Antes da disseminação do cristianismo na Escandinávia, os povos nórdicos eram politeístas – ou seja, adoravam muitos deuses, como os antigos gregos. Não há um nome específico para o sistema de crenças viking. Mas geralmente se refere a ele como religião nórdica antiga ou paganismo nórdico.

Estava na base das crenças dos vikings a ideia de que o mundo é dividido entre o dentro e o fora. O reino dos humanos é Midgard, dentro do qual também está Asgard, a morada dos deuses. Fora desse mundo, para além dos muros, fica Utgard, a morada dos gigantes e dos seres maléficos, que ameaçam constantemente a vida em Midgard.

Assim, cabe aos deuses proteger Midgard contra as investidas maléficas, mantendo afastados os seres do mal. Alguns dos principais deuses da mitologia nórdica são:

  • Odin: deus principal e governante de todos os deuses.
  • Thor: deus da guerra e do trovão.
  • Frigga: deusa mãe, esposa de Odin, é deusa da fertilidade e da família.
  • Balder: deus da luz.
  • Vidar: deus da vingança.

Quer saber mais sobre esse assunto? Leia: Conheça os principais deuses da mitologia Nórdica

10. Como era a casa de um viking?

Uma característica das habitações vikings é que elas eram pouco arejadas e escuras. Isso porque, além da porta e de uma abertura no teto que servia de chaminé, não havia janelas nas casas vikings.

As casas eram feitas de madeira, com as paredes normalmente revestidas de argila. No centro da habitação ficava a lareira, fundamental para preparar os alimentos e aquecer o espaço. O problema é que isso fazia com que o interior da casa ficasse cheio de fumaça. Não devia ser fácil respirar lá dentro!



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