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Dentre todas as doenças caninas, a raiva é uma das mais popularmente conhecidas. Donos de pets, principalmente animais mamíferos, devem estar atentos e compreender que um bichinho de estimação infectado representa perigo, tanto para outros animais quanto para os seres humanos, pois há o risco de transmissão da doença para nós.
A doença causada por um vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, é transmitida por animais contaminados – como morcegos, raposas, guaxinins e outros mamíferos selvagens – por meio da saliva através de mordeduras, arranhões e/ou lambidas. O vírus entra em contato com a corrente sanguínea do cão, que ao morder ou lamber mucosas ou regiões feridas, pode transmitir a enfermidade a seres humanos.
Após o contato inicial, o vírus se estabelece no sistema nervoso periférico e, gradualmente, se dissemina pelo corpo até atingir o sistema nervoso central, onde se multiplica. Um animal infectado pela raiva pode apresentar rigidez muscular na região facial, resultando em sialorréia (excesso de salivação) e dificuldade de deglutição.
Comportamentos a observar
É comum que o animal manifeste comportamentos como morder outros animais ou a si mesmo. Além disso, é observada uma sensibilidade exacerbada à luz, conhecida como fotofobia, levando o animal a tentar proteger os olhos da luminosidade. O aumento da agressividade também é um sinal comum, assim como uma preferência por ambientes escuros.
Mas um pet infectado também pode apresentar poucos sinais visíveis da doença. Essa segunda forma é conhecida como raiva muda, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Infelizmente, a raiva não tem cura e a taxa de mortalidade é muito alta, e uma vez que os sintomas se manifestam é extremamente improvável que o animal sobreviva. Por isso, é crucial vacinar filhotes a partir dos quatro meses de idade, e após isso, seguir com doses anuais. Em regiões rurais, onde os animais de estimação podem entrar em contato com animais silvestres infectados, a vacinação é ainda mais importante. O dono, além de tentar evitar esses encontros indesejados, precisa garantir que o pet receba a vacina antirrábica anualmente.
- Manter os cães sob supervisão, evitar o contato com animais desconhecidos e controlar os roedores ao redor da propriedade são práticas importantes para evitar a exposição ao vírus da raiva em áreas urbanas.
- Além disso, é crucial manter a caderneta de vacinação dos cães atualizada e realizar check-ups regulares, evitando assim situações de risco. Essas medidas não apenas protegem os animais de estimação, mas também ajudam a proteger as comunidades humanas contra essa doença grave.
Como agir
Em caso de exposição suspeita à raiva, é crucial agir rapidamente. Os cães devem ser levados imediatamente ao veterinário para avaliação e possível quarentena. Se houver contato com um animal com suspeita da doença, os proprietários também devem buscar orientação médica para avaliar a necessidade de profilaxia pós-exposição, que pode prevenir o desenvolvimento da doença.
Lembre-se: a agressividade associada à raiva é distinta de casos de agressividade por medo, insegurança ou falta de socialização. Em caso de dúvidas, consulte um médico-veterinário para orientações adequadas e jamais tente manusear e interagir com um animal com sintomas visíveis. Se no período de 10 dias o animal apresentar sinais da doença, desaparecer ou falecer durante, informe imediatamente o serviço de saúde.