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REVIEW | LEGO Horizon Adventures é divertido, mas é tão superficial quanto um game pode ser

REVIEW | LEGO Horizon Adventures é divertido, mas é tão superficial quanto um game pode ser


Créditos: Divulgação/Sony

A ideia de transformar Horizon Zero Dawn em um jogo da LEGO é tão improvável quanto encontrar um dinossauro em um estacionamento. Mas, pensando bem, faz todo o sentido.

A série já conquistou espaço no coração dos jogadores, e seu universo parece desenhado para ser desmontado e remontado por um público mais jovem. Assim nasceu LEGO Horizon Adventures, um título que consegue, em sua simplicidade, atrair novos jogadores e entreter os fãs antigos.

O mundo fica incrível em bloquinhos

As florestas, agora feitas de bloquinhos, ainda respiram a decadência de um mundo esquecido. Mas aqui, o apocalipse veste um sorriso. Guerreiros de plástico lutam contra máquinas que parecem tão perigosas quanto fofas, enquanto Aloy encara sua jornada com menos peso e mais leveza.

A história se mantém. Uma órfã, uma tribo, máquinas gigantes. Mas o jogo corre como uma criança ansiosa, pulando trechos e simplificando dilemas. O tom sombrio do original cede espaço para piadas e diálogos descontraídos, quase como se Aloy tivesse trocado seu arco por um microfone de stand-up.

Uma releitura descontraída que reduz a complexidade da história original, sem perder sua alma

Os jogadores pulam entre missões como quem atravessa um campo minado de blocos coloridos. Não há vastos mapas a explorar, apenas caminhos claros e objetivos que, por vezes, repetem-se como uma música grudenta.

Entre um combate e outro, os olhos se perdem nos detalhes: barris que explodem com um toque, máquinas que caem em armadilhas, e Aloy, armada até os dentes, se equilibrando entre precisão e caos.

No meio disso, gadgets aparecem para apimentar as batalhas: um salto duplo que deixa tudo em chamas, um dispositivo que paralisa inimigos por segundos preciosos.

E Aloy não está sozinha. Varl lança lanças com a precisão de quem já fez isso mil vezes. Tia prefere explosões. Cada personagem, com sua própria mecânica, é uma peça desse quebra-cabeça de ação.

Mas, mesmo com toda essa variedade, a repetição espreita. As missões tendem a se parecer, e o ritmo acaba pesando. As pausas na vila, no entanto, são um respiro. Lá, os jogadores constroem, decoram e moldam Mother’s Heart, uma tentativa charmosa de dar um toque pessoal a um mundo de blocos.

Não é o LEGO de sempre

Esqueça destruir o mundo com um sorriso. Aqui, você anda na ponta dos pés, com medo de tocar nas peças. Aloy está lá, claro. Sempre está. Mas agora ela quer sanduíches em conserva. Donuts. Mais comida do que aventura.

E as máquinas? Ainda impressionantes, ainda ameaçadoras, mas menos. Sempre menos. A narrativa épica virou uma corrida de sete horas atrás de flores de metal. Flores.

Divulgação/Sony

Você empurra Aloy por corredores estreitos, seguindo trilhas de studs como migalhas de pão. Luta contra máquinas em arenas circulares. Coleta. Luta de novo. E de novo. O ciclo mastigado e engolido, sete vezes seguidas. Por até 10 horas de campanha (com opção co-op, diga-se de passagem).

Não há colecionáveis para se orgulhar, nem construções que exijam algo mais que apertar um botão. Até mesmo a exploração, um pilar do mundo de Horizon, se reduz a trilhas bem sinalizadas, onde tudo é previsível.

Os personagens falam. Falam sem parar. Piada após piada. Aloy tenta ser engraçada. Erend só pensa em comida. Uma avó arremessa bombas. É um esforço tão visível, tão desesperado, que você quase pode ouvir os desenvolvedores pedindo risadas.

Mas, às vezes, o jogo lembra o que poderia ter sido. Nas batalhas, algo acende. As máquinas são reconhecíveis, seus pontos fracos brilhando, esperando para serem explorados. Você esquiva, posiciona, ataca. O caos é controlado, cada luta um pequeno desafio. Por um momento, você sente que Horizon está ali. Mas é rápido. Efêmero.

Visuais bonitos, música que prende, mas caminhos que você já viu antes

Visualmente, LEGO Horizon Adventures não tenta ser o que não é. Ele não precisa do realismo de Zero Dawn ou Forbidden West. As cores saltam, as texturas brilham, e o jogo, mesmo em sua simplicidade, segura a atenção.

No PS5, rodou como um relógio. Um relógio que, ocasionalmente, trava e te obriga a reiniciar. Pequenos bugs, mas que irritam como uma peça perdida no chão.

Vale a pena jogar LEGO Horizon Adventures?

E então, a pergunta. Quem deveria jogar isso? Não é para crianças que amam LEGO. Não é para fãs de Horizon. É um híbrido estranho, sem público definido, um jogo que existe por existir. Você volta para a vila, decora casas com peças que parecem deslocadas, e pergunta por quê. Decora sem motivo. Joga sem razão. Acha até legal no fim das contas.

Sendo assim, LEGO Horizon Adventures é mais LEGO do que Horizon. Ele se posiciona bem naquilo que os jogos da franquia são conhecidos: diversão descontraída, combate inventivo e humor leve.

Vamos lá, ainda há um toque de Aloy ali, entre blocos e máquinas desmontáveis. Uma experiência que pode não redefinir o gênero, entretanto é uma porta de entrada para novos fãs e um agrado para os veteranos.

Por trás das piadas e do caos controlado, o jogo deixa claro: às vezes, menos é mais. LEGO Horizon Adventures é menos Horizon, porém, ainda assim, é mais do que suficiente para divertir.

Mas nunca pelo preço cheio. Espere por uma promoção bem generosa.

Prós

Visualmente belo com ambientes bem detalhados

Batalhas contra máquinas bem feitas e desafiadoras. Combate divertido e criativo

Boa variedade de biomas inspirados nos dois jogos canônicos

Humor leve e adequado ao público mais jovem

Controles acessíveis e combate estratégico que pode ser uma porta de entrada a novos fãs

Contras

Repetitividade exagerada de missões em uma estrutura previsível

Falta de colecionáveis ou incentivos para revisitar missões

Exploração limitada a caminhos lineares

Bugs ocacionais que exigem reiniciar missões

Diálogos excessivos

O game LEGO Horizon Adventures foi gentilmente cedido pela Sony e jogado no PS5 para a realização desta análise.




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