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REVIEW | Elden Ring: Shadow of the Erdtree continua impecável

REVIEW | Elden Ring: Shadow of the Erdtree continua impecável


Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Créditos: BandaiNamco/FromSoftware

Elden Ring é uma verdadeira obra-prima dentro do universo de RPGs de ação medievais e de jogos do gênero criado pela própria FromSoftware, denominados carinhosamente pelos fãs hoje em dia como soulslike. A última aposta da empresa representa o que há de melhor neste estilo de jogo, não tem como negar.

Jogar Elden Ring pela primeira vez é uma experiência épica, fora da curva. Dá até pra dizer que é mágica. Todo mundo que se aventura tem uma história única pra contar. E nem toda história conta com os mesmos caminhos, os mesmos percalços. Uma atmosfera distinta para cada jogador.

É a principal assinatura da desenvolvedora, que mesmo com um lore gigante — mas quase nada de cutscenes —, consegue criar um mundo rico e vasto, despertando sentimentos tão marcantes em milhões de jogadores.

É algo que eu certamente recomendo até para quem não gosta deste tipo de jogo, pois acredito que todo jogador deveria experimentar, mesmo que pense que não é para eles. E a boa notícia é que, apesar disso tudo, a expansão Elden Ring: Shadow of the Erdtree supera o jogo base. 

Sim, ela superou minhas expectativas como um todo e eu não seria maluco em dizer que talvez esta seja a maior obra que o Hidetaka Miyazaki já criou. Pelo menos, até agora. 

É um DLC, uma expansão ou dá pra dizer que uma continuação?

Minha primeira jornada em Shadow of the Erdtree já ultrapassou 45 horas e sei que ainda tenho mais segredos para desvendar, já que uma das melhores coisas é trocar informações com outros players e descobrir novos caminhos, quests e chefes secretos.

Chamar ele apenas de um DLC é diminuir o empenho e a quantidade de conteúdo oferecido pela FromSoftware. O novo lançamento se assemelha muito mais a uma grande expansão, como víamos há mais de 20 anos atrás em Diablo 2. É claro que, como ele utiliza o jogo base, chamar de sequência seria leviano, até porque não temos grandes inovações em gráficos, tipos de inimigos, atributos e assim por diante.

Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Imagem: Bandai Namco/FromSoftware

Mas em termos de conteúdo, chefes, estilos de combate, fique completamente tranquilo(a). Está recheado de coisa nova para caramba, com várias áreas bem diferentes e com aquele mesmo gostinho de descoberta que tivemos ao jogar a base pela primeira vez, descobrindo novas oportunidades a cada centímetro novo de mapa explorado.

Se você está aqui só para saber se o jogo é bom e vale cada centavo: é muito bom e vale cada centavo. Ele não é nada curto. Agora, por que ele é tão bom e supera até mesmo o jogo base? É o que você verá a seguir.

Level design de outro mundo

Antes de mergulharmos mais profundamente, precisamos ressaltar o level design da empresa. Ele alcançou o seu auge. É absolutamente fenomenal, com um mapa muito mais vertical e repleto de segredos em todas as áreas.

Os chefes são um espetáculo à parte, com vários golpes novos que você precisa aprender e as dungeons estão incríveis também. Existe ainda uma quantidade impressionante de novas opções de combate e o conteúdo de quests secundárias é abundante e divertido, trazendo histórias inéditas, sets e recompensas. O jogo convida você a explorar.

Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Imagem: Bandai Namco/FromSoftware

Precisamos falar do novo sistema de upgrade, exclusivo da expansão, que ajuda a recapturar a progressão do jogo base, tornando-a mais desafiadora e envolvente, despertando aquele sentimento de experimentação pela primeira vez de novo.

Se Miyazaki falou que a área era grande, mas não tão maior quanto Limgrrave, eu acho que ele estava na verdade nos despistando, pois o mapa, como disse acima, está muito mais vertical e com muita mais densidade de conteúdo na mesma proporção de área. Ele sabia que para transmitir a sensação de maravilha e descoberta da primeira vez, precisaria de um mundo grande. E a FromSoftware entregou. Entregou lindamente. 

“Um mapa enorme, repleto de novas regiões com paisagens diferentes e uma beleza fascinante”

Garanto para você que, por maior que seja sua expectativa quanto ao tamanho e à escala da nova expansão, muito provavelmente será acima do esperado. Com a verticalidade implementada, você vai se pegar vasculhando cada beirada do penhasco que encontrar, olhando para o horizonte, vendo terras longínquas que certamente existe uma forma de acessar. E você se perguntará várias vezes: raios, como eu faço para chegar lá?

Isso está presente em todo o mapa e cria um efeito de camadas e exploração que poucos jogos de mundo aberto conseguiram conquistar. Vale lembrar ainda que recentemente o Miyazaki afirmou que Elden Ring ainda não é nem o RPG ideal que ele tem na cabeça, embora chegue perto. Bota perto nisso.

A verticalidade do Reino das Sombras

Vou bater na tecla da verticalidade porque ela é de longe a minha característica favorita da expansão. Ela provoca você com locais que pode ver, mas não alcançar. Constantemente.  Existem vários micro momentos que atiçam o jogador com áreas à vista (seja olhando para o horizonte, para cima ou para baixo), e você descobrirá da melhor forma que precisa atravessar o mundo todo para chegar lentamente lá.

É fácil prever que muitos jogadores vão deixar escapar grandes partes do jogo por que não o encontraram. Lembrando que no Steam 62% não está nem apto a entrar no DLC ainda! Eu acho maravilhoso a desenvolvedora seguir por esse caminho de exigir que o jogador se prepare. 

“Eles conseguem esconder regiões inteiras por conta de um gesto ou uma parede invisível”

O jogo base também tinha áreas bem escondidas e perdíveis, mas em Shadow of the Erdtree isso é elevado em uma temperatura suprema, de forma que a maioria das regiões e chefes estão, de fato, escondidos. Como em Siofra, que você explorou a primeira vez achando que era só mais um elevador que daria em mais um chefe. Daí você desce e fica embasbacado porque encontra um jogo inteiro lá embaixo.

Shadow of the Erdtree é sobre isso. Sobre reviver esses momentos de forma repetitivamente, encantando o jogador sempre. Inclusive, recomendo demais no começo você se afastar de conteúdos na internet e deixar somente para depois que tiver explorado tudo, buscando apenas o que perdeu.

Para finalizar, a direção de arte, de fotografia e a beleza da ambientação é linda demais. Você realmente vai desejar tirar várias prints desse jogo para compartilhar com o resto do mundo. Pode até parecer algo pouco relevante se comparar com outros jogos graficamente mais belos, como Ghosts of Tsushima, porém mesmo com todas limitações o trabalho entregue aqui tem alma.

Tem alguma novidade em todas as frentes

Se o mundo tá legal, vamos agora ao que realmente interessa: o combate. São mais de oito tipos de armas disponíveis que totalizam mais de 100 novas armas e todas elas são excelentes aquisições.

Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Imagem: Bandai Namco/FromSoftware

Eu brinquei com cada uma das que encontrei e posso dizer que os frascos de perfumes, as katanas, as espadas grandes e as lâminas reversas são sensacionais. Dá para falar que eles priorizam muito a diversidade e isso foi ótimo porque estende muito a vida do jogo para quem gosta realmente de colecionar e dominar cada estilo de luta.

Aliás, combinar elas com habilidades novas e movimentos básicos com ataques de arremesso sem custo de mana cria um estilo de jogo muito poderoso, que se combinado a todas novas feitiçarias e encantamentos acaba por criar abordagens de ataque bem diferenciadas. Então, vamos lá, temos uma quantidade colossal de armas diferentes e você vai querer experimentar cada uma delas.

A expansão não regula em nada materiais de upgrade e você terá muitas opções interessantes para saborear. Inclusive, existe um frasco novo cuja duração de dano físico é de 3 minutos, o que é o suficiente para lutar com vários chefes. Ao utilizá-lo, os bloqueios de parry realizados perfeitamente acabam negando toda a perda de resistência e aumentam o dano de contra-ataque. 

A depender do seu estilo de combate, isso adiciona uma dimensão completamente nova nas principais lutas e tornam finalmente o estilo defensivo mais recompensador. Recomendo muito brincar com isso!

Os chefes que pedimos aos deuses

Então temos os chefes. Tirando o último do final principal — sim, temos 3 finais disponíveis nesta DLC —, que vai desagradar muitas pessoas, eles são muito bons. Não vou entrar em muitos méritos para não dar spoiler, mas eu acho que foi a entrega com os melhores inimigos da FromSoftware. Um espetáculo do começo ao fim, sendo bem divertidas de aprender, desafiador demais, entretanto ao mesmo tempo com um senso de estarem equilibradas e justas.

A equipe de testes dos caras realmente mandou muito bem nos testes de qualidade. Há estilos de chefes para todos os tipos de jogadores em Shadow of the Erdtree. 

“Se for pegar um TOP5 dos melhores chefes do jogo todo, eu diria que uns 4 fazem parte da expansão”

Em termos de dificuldade, acredito estar bem equilibrado, mesmo se você, assim como eu, conhece bem a fórmula da FromSoftware e espera algo mais desafiador. Não vou mentir que em alguns momentos desejei que fosse mais difícil, devido aos níveis do meu personagem e o set já estar bem elevado. E talvez este seja meu único ponto negativo da expansão inteira. Porém, como a desenvolvedora dá muita liberdade, o jogo também é uma ótima introdução para novatos neste universo.

É uma questão de perspectiva, já que existem perfis e perfis, como aqueles que sofrem de todas as formas ou se, assim como muitos, você gosta de morrer dezenas de vezes pro mesmo chefe para estudar todos os golpes deles para realmente dominar e se tornar um mestre no jogo.

Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Imagem: BandaiNamco/FromSoftware

Agora, como nem todo mundo se sente assim, a boa notícia é que você ainda se dará bem porque, mesmo que a dificuldade possa ser um empecilho, o novo sistema de progressão e nível exclusivo da expansão resolve esta questão. Em Erdtree, você vai encontrar itens como os fragmentos da Umbrárvore espalhados pelo mundo, o que força você a explorar cada centímetro em busca deles.

Cada nível fortalecido aumenta em 5% o seu poder de ataque e um aumento semelhante na defesa. Porém, reforço: apenas no Reino das Sombras da expansão. O aumento é considerável e se você comparar o final com o começo, vai perceber o quanto eles afetam até nos mobs mais simples. É possível chegar até o nível 20, mas lá pelo 15 já dá para enfrentar o boss final e vencê-lo.

Além deles, existem outra progressão com cinzas que dá uma bênção semelhante para os espíritos e o corcel espectral, o que também alimenta esse novo ciclo dentro da expansão. Isso possibilitou o desenvolvimento de um mundo muito parecido ao jogo base, com barreiras suaves que forçam você a explorar o máximo possível

Calabouços para todos os gostos

Mais uma vez a FromSoftware arrasou nas dungeons. Elas são deslumbrantes tanto quanto o mundo aberto, com uma experiência magnífica e ritmo mais difícil, com várias batalhas brutais contra os inimigos. Cheias de caminhos e segredos ocultos no design, estão mais grandes e complexas.

Não houve momento melhor para ser um fã da desenvolvedora. Evidentemente, temos uma evolução natural baseada em todos os jogos anteriores. O mesmo vale para as áreas secundárias que são mais discretas, como pequenas catacumbas, cavernas e masmorras menores, que possuem igualmente seu valor.

Mesmo nestas áreas limitadas será comum você gastar meia hora investigando cada polegada, sem falar que muitas vezes existem inimigos ou chefes menores que, mesmo menos desafiadores, possuem elementos surpresa para te deixar boquiaberto, com alguns não sendo derrotados de primeira como foi no jogo base.

“Espere por uma coleção de momentos inesquecíveis”

O verdadeiro segredo de Elden Ring: Shadow of the Erdtree é a soma de todos esses momentos. Repletos de empolgação, seja descobrindo uma nova área, encontrando um novo item, vendo um novo inimigo ou seguindo uma linha de missão de NPC.

Não há nada parecido no mercado. Nem mesmo naqueles que tentam copiar o estilo da desenvolvedora.

Vale a pena jogar?

Elden Ring: Shadow of the Erdtree é a expansão que todo fã do jogo base sonhava. A FromSoftware não mediu esforços em trazer muito conteúdo, com armas, novas formas de combates, muitos chefes, muitas áreas secretas e, sobretudo, um mapa mais denso, mais vertical, maior do que se esperava.

É claro que para entrar na expansão você precisa enfrentar dois grandes semideuses do jogo base e isso limita bastante ainda a quantidade de players aptos. Até recomendo que você esteja pelo menos no nível 150 para adentrar no Reino das Sombras com  mais segurança. Afinal, estamos falando de uma expansão pós-jogo, então para entrar aqui seria bom fazer tudo que for possível antes.

Entretanto, como as bênçãos do Erdtree são progredidas à parte, eventualmente qualquer deficiência acaba sendo reduzida se você consegue alcançar o equilíbrio. Ponto para a acessibilidade. Tirando o chefe final e talvez a falta de um pouco de dificuldade para alguns veteranos, a expansão supera em praticamente todos os sentidos algo que já era tido como o melhor que já vimos no gênero.

Certamente ganhará vários prêmios novamente e é seguro afirmar que a FromSoftware mantém o nível do sarrafo altíssimo, sem deslizar e flopar ainda na mesma fórmula. É uma época mágica e especial para jogar RPGs de ação e tenho certeza que se você gosta deste gênero vai ter lembranças doces e agradáveis pelo resto da vida.

Prós

Experiência inesquecível do começo ao fim, com um mapa maior do que se esperava

Cenários deslumbrantes e que incentivam você a explorar cada centímetro disponível para encontrar novos caminhos

Level design fenomenal e no auge da fórmula criada pela FromSoftware

Elevadíssima quantidade de conteúdo, com novas armas e estilos de combate

Narrativa rica, com NPCs, quests e áreas secundárias deslumbrantes

Alto potencial de replay, com muitos segredos e descobertas

Contras

Pode faltar um pouco de dificuldade para alguns veteranos

Limitação de acesso devido às necessidades de avanço no jogo base

Chefe final de um dos 3 caminhos disponíveis pode desagradar alguns fãs da história

Elden Ring: Shadow of the Erdtree foi gentilmente cedido pela FromSoftware para a realização desta análise. Jogamos a versão para PC, disponível na Steam.




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