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Ao longo da jornada com nossos animais de estimação, muitas vezes enfrentamos desafios relacionados à saúde deles. É comum que, em algum momento, nos deparemos com diagnósticos que nos exigem tomar decisões sensíveis em relação ao bem-estar dos nossos pets. Os cuidados paliativos surgem como uma opção compassiva e dedicada para garantir o conforto e a dignidade dos nossos fiéis companheiros.
A Dra. Bruna Bianchini, médica-veterinária do Veros Hospital Veterinário, destaca a crescente importância dos cuidados paliativos para animais de estimação. Essa especialidade busca atender aos pets que enfrentam doenças crônicas ou graves, como as oncológicas, renais, disfunções cognitivas, dores crônicas, e insuficiência cardíaca, oferecendo suporte especializado – quando mais necessário.
Quando confrontados com um diagnóstico desafiador, é fundamental buscar a orientação de um médico veterinário especializado no diagnóstico do pet, pois essa decisão, delicada e ponderada, visa garantir que o animal e sua família recebam o suporte adequado – seja para controlar sintomas, melhorar a qualidade de vida ou esclarecer dúvidas sobre o tratamento.
O foco do cuidado paliativo visa a promoção do conforto, aliviando sintomas como cansaço, náusea, dificuldade alimentar e dores em geral. A cura pode ocorrer dentro do processo de cuidado. Pacientes com e sem possibilidade de cura são elegíveis para os cuidados paliativos, desde que apresentem uma doença crônica que seja ameaçadora da vida
“Dependendo do grau da doença, o cuidado pode ocorrer tanto em casa quanto no hospital. Existem médicos veterinários que realizam o trabalho na casa dos pacientes para que o animal tenha mais conforto até o fim da sua vida”, diz Dra. Bruna.
A participação ativa da família nesse processo é crucial. São os familiares que convivem diariamente com o pet, observando seus comportamentos e necessidades. Essas informações são fundamentais para os especialistas ajustarem o tratamento de forma personalizada, garantindo o melhor cuidado possível ao paciente de quatro patas.
É importante mencionar que, em alguns casos, a eutanásia pode ser considerada como uma opção ética para aliviar o sofrimento causado por sintomas que não podem ser controlados através de analgésicos e sedativos, segundo o código de ética veterinário. O cuidado paliativo visa também não prolongar o sofrimento através da manutenção artificial da vida, procedimento conhecido como distanásia.
“Procuramos entender a fase de doença daquele paciente, o que, dentro dos sinais que ele apresenta, faz parte do processo natural da morte, se estamos prolongando a vida com medidas artificiais e quais as possibilidades de cuidado do animal”, explica Bianchini.
Dentro desse cenário, é muito importante manter uma rotina de exames e consultas regulares em hospitais veterinários. Essas práticas ajudam no diagnóstico precoce de doenças graves, evitando o sofrimento desnecessário e aumentando as chances de cura e controle de sintomas desconfortáveis para os animais
Neste momento sensível, reconhecemos o quanto nossos pets são membros especiais de nossas famílias. Independente do caminho de cuidado, seja pela busca de uma partida natural ou pela eutanásia, o amor e dedicação de cada família são o alicerce para garantir que nossos amigos peludos enfrentem seus desafios finais com dignidade e carinho. Cuidemos deles, pois são eles que, incondicionalmente, enchem nossas vidas de alegria e amor.