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O inverno começa nesta quarta-feira (21), às 11h57 pelo horário de Brasília. O início da estação mais fria do ano é marcado pelo solstício de inverno no hemisfério Sul. Ao mesmo tempo, na parte Norte do globo ocorre o solstício de verão.
Neste evento astronômico, o hemisfério Sul recebe menor incidência de radiação solar que o hemisfério Norte. O dia apresenta então a menor duração em horas do que a noite, sendo o dia mais curto e a noite mais longa do ano no hemisfério Sul e o oposto acontece no Norte.
As estações do ano na Terra estão relacionadas à inclinação do eixo do planeta, de 23 graus, considerando a sua órbita e movimento em torno do Sol (veja a imagem).
O termo “solstício” tem origem no latim e significa “sol parado”. No passado, ao observar a trajetória do sol, astrônomos perceberam que, a cada dia, a sua posição no céu ao meio-dia no céu mudava.
Esta posição ia ficando cada vez mais alta no céu até atingir um ponto máximo, quando o sol então parecia “parar”. Em seguida, a localização começava a diminuir e também “estacionava” antes de começar a subir novamente. Esses momentos de “parada” correspondem aos solstícios de verão e de inverno.
“As estações do ano ocorrem devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita e também devido à sua translação em torno do sol. O início das estações do ano é associado aos instantes dos solstícios, inverno e verão, e dos equinócios, outono e primavera”, explica Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em comunicado.
A pesquisadores explica que, nos equinócios, o sol nasce no ponto cardeal Leste e se põe no ponto cardeal Oeste. Após as datas dos equinócios, o sol nasce cada dia mais afastado do ponto cardeal Leste e, nos dias dos solstícios, atinge o máximo afastamento a Nordeste (no solstício de inverno no hemisfério Sul) e a Sudeste (no solstício de verão no hemisfério Sul).
Da mesma forma, o fenômeno pode ser observado nos locais onde o sol se põe. Após as datas dos equinócios, o pôr do sol ocorre cada dia mais afastado do ponto cardeal Oeste. Já nos dias dos solstícios, ele atinge o máximo afastamento a Noroeste (no solstício de inverno no hemisfério Sul) e, inversamente, o máximo afastamento a Sudoeste (no solstício de verão no hemisfério Sul).
Variação da duração do dia e da noite
Além da queda gradual das temperaturas, o inverno também está relacionado à variação da duração dos dias e das noites.
Nos equinócios, que dão início às estações de outono e da primavera, o comprimento do dia é praticamente igual ao da noite. Após o equinócio de outono, o sol vai nascendo cada dia mais tarde e se pondo cada dia mais cedo até chegar na maior noite do ano em data próxima do solstício de inverno.
“A partir de então, o sol começa a nascer mais cedo e a se pôr mais tarde para novamente chegar ao mesmo comprimento do dia e da noite em data próxima ao equinócio de primavera. Os dias continuam sendo cada vez maiores até a menor noite do ano que ocorre em data próxima ao solstício de verão. Esse efeito é tão maior quanto mais afastado do equador terrestre o observador se encontra”, explica Josina.
Atualmente o início do inverno ocorre no dia 21 de junho, podendo ocorrer também no dia 20. Essa mudança de data está relacionada, em primeiro lugar, à precessão dos equinócios, que resulta no movimento dos pontos dos equinócios em relação às estrelas.
Além disso, está associada à diferença de comprimento do ano civil em relação ao ano solar: o ano civil tem 365 dias e ano solar 365 dias, 48 minutos e 46 segundos. O ano solar – ou trópico – é o tempo decorrido entre dois equinócios de outono, ou entre dois equinócios de primavera, ou entre dois solstícios de inverno, ou entre dois solstícios de verão.
Devido à diferença entre os dois calendários, o horário do início das estações é defasado de cerca de 6 horas de um ano para outro. O acerto entre o ano civil e o ano solar é feito através do ano bissexto, com o acréscimo de um dia ao calendário civil, o dia 29 de fevereiro.
(Com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia)
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