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Drácula: A Última Viagem de Deméter 

Drácula: A Última Viagem de Deméter 

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O filme de terror, Drácula: A Última Viagem de Deméter é baseado em um capítulo do livro homônimo de Bram Stoker, que é cultuado como melhor romance do gênero. A produção conta a terrível história do navio Deméter, que foi fretado para transportar cargas particulares. Estranhos eventos acontecem à tripulação, que tenta sobreviver à viagem oceânica, perseguidos todas as noites por uma presença impiedosa a bordo do navio. Quando o Deméter finalmente chega à costa, é apenas um navio carbonizado e abandonado. Não há vestígios da tripulação.

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A produção dirigida por André Øvredal (A Autópsia) tinha tudo para dar certo e ser uma ótima adaptação. Um bom diretor, uma história baseada em um ótimo livro, uma premissa que dá espaço para que o roteiro crie, um bom elenco… Mas mesmo assim, a produção não emplaca e fica muito abaixo do esperado. Mas acredite, o filme tem coisas muito boas, que são apresentadas em sua história de 120 min de duração. O CGI da criatura, o design de produção do navio, figurinos e tudo que remete aos século 19 são feitos com esmero e bastante preciosismo e a produção não deixa a desejar em nada no quesito técnico. Porém não é só com eles que se fazem bons filmes.

O problema da produção estão, principalmente, no roteiro escrito pelo trio Bragi F. Schut (Samaritano), Stefan Ruzowitzky (Anatomia) e Zak Olkewicz (Trem-Bala). A construção das cenas não causa tensão alguma. O desenvolvimento delas menos ainda e para piorar (sim isso é possível) nenhum dos personagens é desenvolvido com alguma profundidade. Os coadjuvantes são apenas unidimensionais e os protagonistas estão lá apenas para apresentar explicações furadas e frases de efeito que em momento algum convencem. O filme poderia apostar em um mistério com doses de terror, mas falha em desenvolver o principal deles (que não será detalhado, para que quem assista se decepcione o tanto quanto eu). Por fim, as ações que os tripulantes tomam, em especial no último ato, são de uma tolice que serve apenas para que o terror se desenvolva num cenário mais favorável para a direção desenvolver à trama.

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Direção que não está nos seus melhores dias e que acontece sem muita inspiração. A maioria dos jump scare que são apresentados não funcionam, com a exceção de um que aparece no trailer da produção. Para conseguir alguma reação do público, Øvredal aposta suas fichas em criar desfechos violentos para os personagens, mas as mortes não são tão criativas e até soam repetitivas se resumindo em: ataques sangrentos na escuridão, mordidas no pescoço e morte pelo fogo. Isso não é algo que incomode, mas decepciona, em especial quem conhece o trabalho do diretor, que tem um currículo recheado de bons filmes no gênero.

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O elenco trabalha com o que é oferecido e é graças a ele que a situação não se torna insustentável. Corey Hawkins (Esquadrão 6) e Aisling Franciosi (The Fall) até tentam dar alguma credibilidade a seus personagens, mas o roteiro, aliado de uma montagem fraca e a direção pouco inspirada levam o esforço deles, e do restante do elenco, por água abaixo.

Drácula: A Última Viagem de Deméter é uma produção que deixa a desejar e morre na praia das boas ideias. Em especial, por ter qualidade técnica e pessoas com ótimos currículos tanto na direção e como no elenco. Mais sorte para quem fizer a próxima adaptação sobre o príncipe da Valáquia.



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