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Crítica | A Cor Púrpura

Crítica | A Cor Púrpura


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Em 1985, Steven Spielberg lançou sua adaptação de A Cor Púrpura, filme baseado no livro homônimo da autora Alice Walker, que se consagrou como um dos grandes longas de época daquele período, além de ser prestigiado com 11 indicações ao Oscar. Vinte anos mais tarde, uma versão teatral chegou aos palcos da Broadway e, com ela, uma abordagem voltada para o musical.

Agora, em 2024, chega aos cinemas a nova iteração, também com abordagem ao gênero musical, mas que mescla fortemente com a produção comandada por Spielberg. Será essa justificativa suficiente para trazer A Cor Púrpura de volta às telonas?

Na clássica história, a trama acompanha décadas da vida de Celie (Fantasia Barrino), que foi separada da irmã Nattie (Halle Bailey) e seus filhos ainda quando era muito jovem. Celie então enfrenta a difícil vida ao lado do marido abusivo, Mister (Colman Domingo), enquanto descobre força e esperança ao criar laços com outras mulheres que fazem parte de seu cotidiano. É interessante como a narrativa continua pertinente mesmo com mais de 30 anos desde a publicação do material adaptado. Dessa vez, com a direção de Blitz Bazawule, o cineasta preza bastante pelo espetáculo, então espere sequências musicais muito bem coreografadas e emocionantes. Não apenas isso, mas o elenco também dá um grande show.

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Crítica | A Cor Púrpura 22

Para começar, a estreante Fantasia Barrino brilha como Celie, papel que anteriormente fora interpretado por Whoopi Goldberg na versão de 85. A atriz consegue transmitir tristeza, emoção e fé através de seus olhares, e ainda canta magistralmente bem em suas performances. Além dela, Taraji P. Henson, Colman Domingo e Danielle Brooks, indicada ao Oscar deste ano como Atriz Coadjuvante, também desempenham um excelente trabalho em seus respectivos papéis.

Apesar dos grandes pontos altos, o filme peca em sua própria progressão narrativa, uma vez que, em comparação com o longa original, vários acontecimentos chave se desenrolam muito rapidamente, evidenciando uma certa dificuldade principalmente na hora de mostrar o avanço das décadas ao decorrer da história. Em prol de dar espaço às sequências musicais, o longa acaba se atropelando em alguns momentos de seus 141 minutos, uma duração muito similar à versão de Spielberg, com 154 minutos.

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Crítica | A Cor Púrpura 23

Com um elenco exuberante e cenas luxuosas, A Cor Púrpura de 2024 revisita a história com uma abordagem musical muito bem trabalhada. É um grande espetáculo a ser apreciado na tela grande e também uma ótima oportunidade para novas pessoas se emocionarem com uma das mais belas histórias de resiliência e irmandade já contada por Hollywood.





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