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Um dos predadores mais temidos e admirados ao longo da história da humanidade é o leão. Ao pensar nesses felinos, imediatamente nos lembramos dos animais africanos, mas você sabia que, no passado, eles eram muito mais amplamente distribuídos pelo mundo todo? Espanha, Grécia, Turquia, Oriente Médio e até mesmo Europa e América abrigavam leões. Os fósseis mais antigos desses animais foram encontrados na África, local de origem desses imponentes felinos. No entanto, esculturas de mais de 40 mil anos atrás foram descobertas na Alemanha e pinturas rupestres foram encontradas na Caverna de Chauvet, na França. Entre esses leões, destaca-se o leão-americano, também conhecido como panthera atrox ou American lion.
O leão-americano foi uma subespécie do leão (panthera leo) que habitou a América do Norte. Comparado com o leão africano, o leão-americano tinha uma caixa craniana maior, o que indica uma espécie de maior tamanho e altura. Suas patas eram robustas e adaptadas para a vida nas cavernas. Os restos desses predadores foram encontrados em diversas regiões, principalmente nas La Brea Tar Pits, na Califórnia.
Acredita-se que o leão-americano tenha migrado da Ásia para a América do Norte através do Estreito de Bering durante a última Era do Gelo. Essa subespécie norte-americana do leão foi extinta há milhares de anos, deixando apenas registros fósseis para contar sua história. Apesar disso, seu nome permanece presente como um dos felinos mais impressionantes a habitar nosso planeta.
Panthera atrox
Durante o período Pleistoceno Médio, há cerca de 300.000 anos, populações de leões asiáticos migraram para a América do Norte, e cientistas acreditam que foram desses leões que evolui o leão-americano, ou Panthera leo atrox. Sua origem exata é incerta, por isso, os estudiosos trabalham com hipóteses. O que se sabe com certeza é que esse felino habitou a América do Norte até o final do período Pleistoceno, há 100.00 anos.
Os fósseis mais antigos do leão-americano foram encontrados no sul do Alaska e em Alberta, no Canadá. Há registros de fósseis encontrados inclusive, na América Latina, mais especificamente no Peru.
Características Físicas do panthera atrox (american lion)
Ele foi um dos maiores felinos que existiu em nossa história, com peso médio de 360 a 540 quilos. Alguns estudos, inclusive, sugerem que eles poderiam chegar a impressionantes 800 quilos, quase 1,60 metros de altura e mais de 3 metros de comprimento. Os machos eram relativamente maiores que as fêmeas, indicando assim, o dimorfismo sexual, muito comum no reino animal.
Existiam semelhanças entre o leão-americano e o leão africano moderno, como por exemplo, a dentição. A diferença era que os caninos dos leões pré-históricos eram bem mais longos e grossos do que os dos seus parentes atuais. Apesar de ambos possuírem juba, nos leões-americanos ela era menos densa e mais curta do que as dos leões modernos, de cor mais escura e opaca. Os estudiosos também acreditam que os leões-americanos possuíam uma espécie de crina ou tufo de pelos pretos no final de sua cauda.
Habitat e alimentação
Os cientistas encontraram fósseis do leão-americano em diversos locais dos Estados Unidos e Canadá, sendo considerados os sítios paleontológicos mais importantes na Califórnia e no Novo México.
Devido aos diferentes locais em que foram encontrados, acredita-se que o leão-americano vivia em habitats diversos, como florestas, desertos e pradarias e que eram animais bastante adaptáveis às condições do Pleistoceno.
Sua alimentação era carnívora, como as dos leões atuais e acredita-se que ocupavam o topo da cadeia alimentar da época. Por ser um dos maiores felinos que já existiu, era capaz de caçar presas grandes e poderosas, como mastodontes e preguiças-gigantes, além de outros tipos de animais, como herbívoros terrestres.
Comportamento do Panthera atrox, também conhecido como leão-americano
O comportamento do Panthera atrox, subespécie do Panthera leo, também conhecido como leão-americano, é pouco conhecido. Os cientistas acreditam que esses animais eram sociáveis e viviam em grupos, semelhante aos leões modernos. No entanto, há diferenças na forma de caça, pois o Panthera atrox caçava sozinho ou, no máximo, em pares.
Essa espécie de leão habitava as Américas, especialmente a costa leste, e era parte da megafauna que existia na região. Os exemplares do Panthera atrox eram maiores do que os leões atuais, com um comprimento médio maior. Sua classificação como subespécie do Panthera leo é baseada em características específicas.
As fêmeas desse felino eram menores em tamanho em comparação com os machos. No sul das Américas, esses leões encontravam-se em cavernas e corredores, explorando diferentes áreas. A Panthera leo atrox era um animal fascinante, que fazia parte da rica história da fauna das Américas.
Extinção do Panthera atrox (leão americano)
A extinção do american lion ocorreu durante o início do período Holoceno. Esse evento, que aconteceu há aproximadamente 10 mil anos, marcou o desaparecimento da megafauna de herbívoros na América. Os primeiros seres humanos a habitar a América do Norte foram os indígenas americanos, que chegaram há cerca de 15 mil anos. Nessa época, ainda existiam os imensos felinos vivendo por lá, incluindo o leão americano.
Registros fósseis do Panthera atrox foram encontrados em acampamentos paleolíticos indígenas, indicando que esses animais eram caçados pelos nativos. Este leão pré-histórico é uma subespécie do Panthera leo, também conhecido como leão. Comparado aos leões modernos, o Panthera atrox era maior em tamanho, especialmente os machos, que podiam atingir um comprimento de costa a costa das Américas.
Esses felinos habitavam principalmente a costa leste das Américas e cavernas eram frequentemente utilizadas como base para abrigo. Os exemplares do eão pré-histórico eram animais imponentes, com uma classificação de megafauna. As fêmeas também eram grandes, mas em geral, os machos eram maiores em tamanho.
A extinção do american lion foi um evento significativo na história da megafauna sul-americana. O desaparecimento desses leões americanos deixou um vazio em seus antigos corredores, e eles são lembrados como uma espécie única e fascinante que habitou as Américas há milhares de anos.
Conclusão
Assim como o leão-americano (american lion), que conviveu com indígenas, há milhares de anos, tantos outros animais já foram extintos e jamais iremos conhecê-los ao vivo. Devemos aprender com o passado e lutar para proteger os animais que ainda restam. De acordo com a IUCN, somente na América do Sul, atualmente, existem mais de 2 mil espécies na lista vermelha de animais ameaçados de extinção, e 25 outras espécies, também somente na América Latina, já estão extintas. É urgente que façamos a nossa parte nessa luta. Podemos contar com você?
Até a próxima! ♥