Um misterioso menino vindo de um planeta distante, à procura de um carneiro. Esse personagem soa familiar? As chances de você conhecer a história de O Pequeno Príncipe são muito grandes.
O livro escrito pelo aviador francês Antoine de Saint-Exupéry foi publicado em 1943 e já vendeu mais de 200 milhões de cópias no mundo todo, tornando-se uma das obras mais famosas da história.
O clássico moderno conta a história de um principezinho, que viaja pelo universo em busca de sabedoria. Na Terra ele encontra um aviador perdido no deserto, a quem conta toda sua jornada até então.
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10 curiosidades sobre O Pequeno Príncipe
Se você já conhece O Pequeno Príncipe, ficará encantado com os fatos curiosos sobre ele que separamos a seguir. Se nunca leu o livro, com certeza terá muito mais motivos para conhecer essa obra universal.
1. O escritor Saint-Exupéry tinha muito em comum com o aviador do livro
Apesar de hoje ser conhecido como o escritor de O Pequeno Príncipe, antes da Segunda Guerra Mundial Antoine de Saint-Exupéry era um famoso aviador, vindo de uma família da aristocracia francesa. Ele foi piloto de testes e ajudou a implantar rotas de correio na África e na América do Sul.
Saint Exupéry se inspirou em um experiência própria para descrever no livro a queda do aviador no deserto do Saara. Em 1935, durante uma tentativa de quebrar o recorde da viagem mais rápida entre Paris e Saigon, ele caiu com seu avião no deserto a 200km de distância de Cairo, no Egito. O aviador e seu copiloto sobreviveram e passaram 4 dias perdidos no deserto, até serem encontrados por um integrante de um povo local que salvou suas vidas.
2. Saint-Exupéry também fez as ilustrações de O Pequeno Príncipe
Foi o próprio Saint-Exupéry quem pintou as ilustrações da história, feitas em aquarela. Ele não se considerava um “artista”, e inclusive desistiu dos estudos em arquitetura na juventude, mas sempre desenhava pessoas em pedaços de papel. Esse fato aparece refletido em um trecho do primeiro capítulo do livro:
“As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática.”
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3. O Pequeno Príncipe foi escrito nos Estados Unidos
Saint-Exupéry foi piloto da Força Aérea Francesa durante a Segunda Guerra Mundial até o armistício entre a França e a Alemanha em 1940, que resultou na desmobilização das forças francesas. Com as mudanças políticas, recusou-se a juntar-se à Royal Air Force e se exilou nos Estados Unidos, onde tentou fazer com que o governo entrasse na guerra contra a Alemanha.
Publicado pela primeira vez em 1943, O Pequeno Príncipe foi lançado em francês e inglês, mas apenas nos Estados Unidos. Devido às visões políticas o autor, sua obra só foi disponibilizada em sua terra natal após a libertação da França ao final da Guerra.
4. A rosa foi inspirada em Consuelo, esposa de Saint Exupéry
Saint- Exupéry foi casado com Consuelo de Saint-Exupéry, também escritora e artista nascida em El Salvador. Os dois tinham uma relação volátil, tendo vivido separados a maior parte de suas vidas, mas ela sempre foi sua musa e provavelmente inspirou a rosa de O Pequeno Príncipe.
Assim como Saint-Exupéry manteve Consuelo perto de seu coração, o principezinho protege sua rosa, regando-a e protegendo-a. Embora ele encontre outras rosas em sua jornada, a raposa o lembra que sua rosa é única para ele porque “tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas”. Esta teoria é ainda reforçada pelo título da autobiografia de Consuelo, chamada O Conto da Rosa.
5. O Pequeno Príncipe é uma obra profundamente filosófica
Apesar de ter muitas características que podem classificar o livro como Literatura Infantil (a linguagem, os textos curtos, as ilustrações ao longo da história), O Pequeno Príncipe pode ser considerado um exemplar da literatura filosófica. Segundo críticos, o livro contém diversas parábolas existencialistas. Quase todos os capítulos abordam críticas à sociedade do período entre-guerras, ao mesmo tempo em que narram as partes da viagem do principezinho.
O autor apresenta questionamentos sobre dualidades como a vida e a morte, o amigo e o inimigo, e a sociedade e o indivíduo. Nas seis paradas que o principezinho faz antes de chegar à Terra, encontrando um bêbado, um rei egocêntrico, um homem muito vaidoso, um empresário ocupado, um acendedor de lampiões e um geógrafo, são criadas metáforas para o comportamento humano e os problemas da sociedade. Da mesma forma, o perigo que as árvores baobás representavam para o lar do principezinho também simboliza os perigos que o Nazismo representava naquele momento histórico.
6. O autor terminou a história correndo
Saint-Exupéry, terminou a obra correndo para mandar ao seu editor, pois precisava se alistar nas forças armadas francesas como piloto, por isso deixou 140 páginas amassadas, sujas de café e até mesmo com queimaduras de cigarros na mesa de seu editor.
Em seu momento de despedida antes de ir ao serviço militar, Exupéry disse: “Eu gostaria de dar-lhe algo esplêndido, mas isso é tudo o que eu tenho”.
7. Um dos personagens principais nunca é mostrado ao leitor
Curiosamente, o piloto – que é o narrador e um dos personagens principais – nunca é mostrado nas ilustrações do livro. Uma exposição de 2014 em Nova York exibiu diversos desenhos inéditos de Saint-Exupéry, incluindo um que retratava o aviador dormindo ao lado de seu avião.
Segundo a curadora Christine Nelson, Saint-Exupéry provavelmente excluiu essa ilustração porque tinha a preocupação de se livrar daquilo que não era essencial para a história. Ao mesmo tempo, uma das frases mais famosas do livro é: “O essencial é invisível aos olhos.”
8. Saint-Exupéry desapareceu misteriosamente
O final da vida de Saint-Exupéry é tão misterioso quanto o fim de O Pequeno Príncipe. Depois de voltar à força aérea francesa, em uma missão de reconhecimento em 1944, seu avião desapareceu e ele nunca mais foi visto.
Não se sabe se ele foi abatido por um inimigo ou caiu, e o corpo do autor nunca foi recuperado. Apenas em 2000 os restos do avião foram descobertos na costa de Marselha, no Mediterrâneo.
9. O Pequeno Príncipe foi traduzido para mais de 250 idiomas
Esse é o terceiro livro mais traduzido do mundo, ficando atrás apenas da Bíblia e do Alcorão. Suas traduções incluem dialetos raros como alur, falado no Congo e no toba, língua indígena do norte da Argentina.
O Pequeno Príncipe foi também traduzido para o idioma artificial Esperanto e foi impresso em braille. Existem países com diversas versões do livro: o recorde é da China, com 50 edições diferentes.
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10. O livro personalizado de O Pequeno Príncipe
A mais nova adaptação da obra de Saint-Exupéry é o livro personalizado O Pequeno Príncipe, em que as crianças podem se transformar no personagem principal da história. Esse lançamento da Dentro da História tem a proposta de incentivar a leitura e o protagonismo infantil, apresentando para a nova geração de leitores esse clássico da literatura mundial.
Além do livro na loja, a Dentro da História tem um clube de assinatura onde as crianças recebem todos os meses livros e atividades extras personalizadas, de acordo com a idade e o livro selecionado.
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