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Como saber se o seu pet está com alergia alimentar – Portal Melhores Amigos


A coceira excessiva no seu pet pode ser mais do que apenas um incômodo passageiro, e sim um sinal de alerta para possíveis problemas de saúde relacionados à alimentação. A alergia alimentar em cães e gatos é uma preocupação crescente para os donos, pois pode afetar significativamente o bem-estar dos bichinhos. Para esclarecer esse tema, conversamos com a Dra. Débora Souza, médica-veterinária, nutróloga e especialista em alimentação natural, que nos forneceu valiosas orientações. Venha conferir!

Mesmo com uma dieta de qualidade, os pets podem desenvolver alergias alimentares devido a reações exacerbadas do sistema imunológico a certos componentes. Os sinais de alergia incluem problemas de pele – como coceira, feridas e lesões, principalmente na região dorsal, além de pelos ressecados e com queda excessiva. Lambedura compulsiva das patas e do abdômen, inflamação recorrente na glândula adanal (que fica no ânus), otites frequentes e distúrbios gastrointestinais – como colite com fezes amolecidas e muco, podem ocorrer, acompanhados por gases, gastrite e vômitos em jejum. Esses sintomas podem ser leves e variar entre os animais, o que pode torná-los facilmente negligenciados.

O que fazer?

Se o seu pet apresentar algum – ou todos – os sintomas listados acima, é crucial consultar um veterinário para diagnóstico e orientação adequada, pois segundo a Dra. Débora, quando não mudamos a dieta e não tiramos aquele estímulo alérgico, o pet pode acabar tendo sintomas como perda de peso,  desnutrição (porque não está absorvendo adequadamente o alimento, já que o intestino fica inflamado), problemas crônicos de pele, feridas, lesão nas patinhas pela lambedura e até problemas de audição pela otite crônica. “O desconforto causado pelos sintomas também impacta significativamente a qualidade de vida do animal”, diz a veterinária.

A suplementação nutricional pode ser uma ferramenta valiosa no manejo das alergias alimentares, ajudando a amenizar os sintomas, equilibrar o sistema imunológico e corrigir desnutrições. Suplementos como ômega 3, probióticos e prebióticos podem desempenhar um papel crucial na recuperação da saúde intestinal e na minimização da resposta inflamatória. “Mas lembre-se, todo e qualquer alimento que o dono for incluir na dieta do pet, deve ser indicado por um médico-veterinário de confiança”.

Além disso, é essencial considerar a saúde do animal como um todo, mantendo atividades físicas e proporcionando uma vida menos monótona para reduzir os sintomas e fortalecer o sistema imunológico. Recomenda-se evitar medicamentos que possam estimular excessivamente o sistema imunológico, como o uso de antipulgas e vermífugos de forma preventiva.

“Nesses casos é mais recomendado realizar o exame de fezes, e só vermifugar quando tiver de fato verme, só dar o antipulgas quando tiver pulga, ou quando o risco de infestação for alto – creche, praças públicas com vários cães, viagens, casas que têm gatos que saem e voltam à vontade, etc. Para a vacinação, também existe um teste chamado vaccicheck, que pode ser realizado antes de vacinar. Assim, se a imunidade estiver boa, pode passar mais um ano sem o reforço” ressalta a nutróloga.

As hipersensibilidades alimentares em animais de estimação são diversas e podem ser causadas por diferentes componentes, sendo as proteínas as mais comuns, com o frango uma das principais causas, mas também existem casos de alergia a legumes, frutas e até mesmo a componentes dos suplementos presentes em rações. Por esse motivo, é importante ressaltar que a alergia é individual, e não segue um padrão específico, cada caso deve ser analisado e tratado de forma individualizada.

“O uso de ração hipoalergênica a longo prazo, sem acompanhamento veterinário, pode causar problemas de saúde, por isso, quando se tem a suspeita de uma alergia alimentar, o melhor a se fazer é buscar um nutrólogo para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado”, ressalta a Dra. Débora.

É importante estar ciente de alguns alimentos que são proibidos para os pets, como cebola, cebolinha, alho-poró, alho (embora com uma margem de segurança, é melhor evitar), e noz moscada, pois podem ser prejudiciais à saúde dos animais.

Da mesma forma, certas frutas como uvas e carambolas e o abacate – em alguns casos, devem ser evitadas. Além disso, alimentos excessivamente gordurosos, como churrasco, bacon, queijo, pizza e molho de tomate, podem causar problemas digestivos, como a diarreia. “É recomendado oferecer alimentos naturais, como frutas, legumes e proteínas com pouco tempero. A pipoca também pode ser uma opção de petisco, desde que seja oferecida de forma moderada e sem temperos adicionais”.

Lembre-se, cuidar da saúde dos nossos animais de estimação de forma ampla e individualizada, visitar regularmente um médico-veterinário de confiança e observar atentamente a rotina e o comportamento do pet são práticas essenciais, não apenas para promover uma vida saudável, mas também garantir uma melhor qualidade de vida a longo prazo.

 





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