Daltonismo é uma condição em que os olhos de algumas pessoas não conseguem ver as cores corretamente. As pessoas com daltonismo podem ter dificuldade em diferenciar certas cores, especialmente o vermelho e o verde. Por exemplo, uma pessoa com daltonismo pode confundir um semáforo, pensando que a luz vermelha é verde. Isso acontece porque seus olhos não percebem as cores da mesma maneira que a maioria das pessoas. O daltonismo não é algo ruim ou perigoso, apenas significa que a pessoa vê as cores de uma forma um pouco diferente.
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E como identificar se meu filho é daltônico?
Eles ainda nem falam, mas nós já brincamos com as crianças usando as cores. “Aperta o botão vermelho”, “joga a bola amarela”, “cadê seu boneco verde?”. Às vezes eles erram, o que é normal. Mas será que erros constantes na hora de distinguir as cores não pode ser sinal de daltonismo?
São três os principais tipos de daltonismo, sendo o mais comum o conhecido como a “deficiência do verde – vermelho”, onde a criança confunde esses dois tons. Mesmo com daltonismo, a criança pode enxergar bem o resto das coisas e não ter outros problemas de visão como miopia.
Daltonismo Protanopia | Dificuldade em distinguir as cores vermelho e verde. As cores parecem mais desbotadas e podem ser confundidas ou parecerem semelhantes. |
Daltonismo Deuteranopia | Dificuldade em distinguir as cores vermelho e verde, mas de uma forma um pouco diferente do protanopia. As cores podem parecer mais desbotadas ou mudar de tonalidade. |
Daltonismo Tritanopia | Dificuldade em distinguir as cores azul e amarelo. As cores azuis podem parecer verdes e as cores amarelas podem parecer rosadas ou cinzas. |
O daltonismo está presente desde o nascimento do bebê e pode ser identificado a partir do momento em que a criança começa a aprender as cores e relatar sobre sua visão, por volta dos 2 ou 3 anos de idade. Existem alguns testes feitos por oftalmologistas que podem ser aplicados nessa faixa etária, como o teste de Ishihara, Farnsworth-Munsell e Holmgreen. Se você achar que seu filho pode ter daltonismo, é possível fazer um pré-teste em casa com brincadeiras de colorir ou com blocos coloridos e procurar ajuda de um especialista na sequência.
Exclusividade dos meninos?
O daltonismo é normalmente mais comuns em homens por ser uma doença recessiva e relacionada ao cromossomo X. Uma menina precisa herdar a doença tanto do pai quanto da mãe para manifestar, enquanto um menino só precisa herdar da mãe. Estima-se que cerca de 8% dos homens tenham algum tipo de daltonismo, enquanto apenas cerca de 0,5% das mulheres são afetadas.
A ajuda dos pais é muito importante para contornar a dificuldade
Mas um diagnóstico da doença não é motivo para pânico. Por ser uma espécie de deficiência herdada e presente desde o nascimento o daltonismo não tem cura, mas também não piora com o tempo. O importante é ensinar a criança a conviver com essa realidade.
Mais infos sobre os testes – lembrando que nada deve substituir o diagnóstico de um médico.
O teste de Ishihara é um dos testes mais comuns utilizados para diagnosticar o daltonismo. Ele consiste em uma série de imagens compostas por pontos coloridos formando números ou padrões, embutidos em um fundo de pontos de cores diferentes. O objetivo do teste é identificar se a pessoa consegue visualizar os números ou padrões corretamente.
Cada imagem do teste de Ishihara foi projetada levando em consideração as diferenças de percepção das cores entre pessoas com visão normal e pessoas com daltonismo. Os números ou padrões nas imagens são compostos por pontos de cor que são percebidos de forma diferente pelos indivíduos com daltonismo em comparação aos que têm visão normal.
Durante o teste, a pessoa examinada é solicitada a observar as imagens e identificar os números ou padrões visíveis. Com base nas respostas e nos erros cometidos, é possível determinar se a pessoa tem algum tipo de daltonismo e, em caso positivo, qual é o tipo mais provável.
O teste Farnsworth-Munsell é um teste amplamente utilizado para avaliar a capacidade de discriminação das cores e identificar deficiências no sistema de visão de cores. Ele é especialmente útil para avaliar e quantificar a severidade do daltonismo e determinar o tipo específico de deficiência de cor.
O teste Farnsworth-Munsell consiste em uma série de amostras de cores organizadas em uma sequência específica. O indivíduo que está sendo testado deve organizar essas amostras em uma ordem correta de acordo com a percepção de cores, buscando uma transição suave entre elas. As amostras são compostas por cores semelhantes, mas com variações sutis, e o objetivo do teste é identificar qualquer dificuldade na discriminação e organização dessas cores.
Ao realizar o teste, é possível determinar a capacidade do indivíduo em perceber e ordenar as cores corretamente. Com base nas discrepâncias identificadas, pode-se determinar a existência de deficiência de cores, a gravidade e o tipo específico de daltonismo.
O teste Farnsworth-Munsell é frequentemente utilizado por profissionais de saúde visual, como oftalmologistas e optometristas, para avaliar a visão de cores e fornecer diagnósticos mais precisos em relação ao daltonismo e outras deficiências de cores.
No teste Holmgren, o indivíduo é apresentado a um conjunto de fios ou lãs de diferentes cores e é solicitado a classificá-los em grupos com base na semelhança de cor. A pessoa com daltonismo terá dificuldade em fazer essa classificação corretamente devido às suas dificuldades de percepção das cores.
O teste Holmgren é usado para avaliar a gravidade do daltonismo e identificar o tipo específico de deficiência de cor. A classificação incorreta das lãs ou fios de cores semelhantes indica uma dificuldade em discriminar as cores corretamente.
É importante ressaltar que, para obter um diagnóstico preciso e completo, é sempre recomendado consultar um profissional de saúde visual, que poderá realizar uma avaliação mais abrangente e fornecer informações detalhadas sobre a visão de cores do indivíduo.
A eletrorretinografia (ERG) é um exame oftalmológico que mede a resposta elétrica da retina em resposta a estímulos visuais. Ele é utilizado para avaliar a função da retina e identificar possíveis problemas ou doenças oculares que possam afetar a visão.
Durante o exame de eletrorretinografia, eletrodos são colocados na superfície do olho ou na pele ao redor dos olhos. Esses eletrodos registram a atividade elétrica gerada pelas células da retina em resposta a flashes de luz ou a outros estímulos visuais. Esses sinais elétricos são então amplificados e registrados em um dispositivo.
A eletrorretinografia pode ajudar a avaliar várias condições oculares, como retinopatia diabética, degeneração macular, doenças hereditárias da retina e distúrbios da condução neuronal da retina.
No contexto do daltonismo, a eletrorretinografia pode ser usada como um exame complementar para avaliar a função da retina em relação à percepção das cores. Embora não seja um teste específico para diagnosticar o daltonismo, a eletrorretinografia pode ajudar a identificar possíveis anormalidades na função da retina que podem afetar a visão de cores.
É importante ressaltar que, para o diagnóstico definitivo do daltonismo, são geralmente utilizados testes específicos de visão de cores, como o teste de Ishihara ou o teste de Farnsworth-Munsell. A eletrorretinografia pode ser usada em conjunto com esses testes para obter uma avaliação mais completa da função da retina.
Referências:
National Eye Institute (NEI) – “Facts About Color Blindness”
What is color blindness? American Academy of Ophthalmology.