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Publicado – 06 Novembro 2024 – 10h49
Atualizado – 06 Novembro 2024 – 10h49
A liberação de medicamentos à base de Cannabis pela Anvisa para tratamentos de animais de estimação, que aconteceu no dia 30 de outubro, representou um passo muito importante na medicina veterinária. Isso porque existem vários problemas de saúde que podem ser beneficiados com o uso desta substância, desde condições neurológicas até doenças ortopédicas ou cancerígenas.
Quer entender melhor como a liberação da cannabis em certos tratamentos — sempre com supervisão veterinária — pode afetar a saúde do seu amigo de quatro patas? A seguir, confira o que você precisa saber sobre o uso de canabinoides em cachorro e gato!
Como o uso da Cannabis pode ser benéfico para a saúde dos animais?
Para desvendar os benefícios da liberação dos canabinoides no tratamento de cães e gatos, conversamos com o médico veterinário Leonardo Soares, que é especialista em oncologia. “O uso da Cannabis pode ter diversos tipos de indicação e como exemplo podemos citar a ajuda no controle da dor, controle de convulsão e diminuição de ansiedade, que pode influenciar na agressividade e automutilação”, explica.
Ou seja, de maneira geral, a liberação da substância oferece maior segurança para que os veterinários possam prescrever medicamentos desse tipo dentro da lei. No entanto, vale lembrar que o Conselho Federal de Medicina Veterinária exige que os profissionais de saúde animal tenham um conhecimento aprofundado sobre o uso da substância na medicina veterinária para garantir que as dosagens e aplicações sejam feitas de forma correta.
Em que tipos de tratamentos a Cannabis é indicada para cães e gatos?
Lidar com um cachorro ou gato doente nunca é fácil. O que poucos sabem é que, em alguns casos, a Cannabis pode auxiliar no tratamento do paciente. Sobre isso, o dr. Leonardo orienta: “Vejo a indicação para animais epilépticos, com distúrbios de comportamento por separação de tutores ou mudança de ambiente, e em casos de dores crônicas provocadas por neoplasias ou lesões articulares”.
A administração do produto, principalmente em relação à dosagem, vai depender de cada caso. Além disso, é necessário que os medicamentos prescritos sejam devidamente registrados pela Anvisa e regulamentadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).