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Pets Incomuns: Histórias reais de animais exóticos de estimação

Pets Incomuns: Histórias reais de animais exóticos de estimação

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Animais de estimação fazem parte da história da humanidade. Gatos e cachorros são os pets mais comuns encontrados em milhares de lares ao redor do mundo. Porém, algumas vezes nos deparamos com histórias inusitadas de pessoas com animais de estimação dos mais diferentes tipos. Neste artigo, separamos alguns casos reais de resgate de animais exóticos e selvagens que acabaram se tornando os melhores amigos de seus salvadores. Vamos conhecer? Aproveite a leitura e divirta-se!

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Chito e Pocho

Chito e seu crocodilo Pocho

Gilberto Shedden, o Chito, é um pescador costa-riquenho da cidade Siquirres, em Limón, na Costa Rica. Certo dia, no ano de 1989, enquanto Chito caminhava pela beira do rio Tempisque, ele avistou um crocodilo imóvel e agonizante. O crocodilo estava com um ferimento a bala no olho esquerdo e muito magro. Chito decidiu levá-lo para sua casa e tratou do animal com comida, água, medicamentos e muito carinho e atenção. Durante seis meses, a rotina diária do pescador e guia turístico incluía cuidados a um dos animais mais temidos pelos humanos. 

Durante o tempo em que esteve sob cuidados “médicos”, o crocodilo foi mantido protegido em uma lagoa cercada, nos arredores da casa de Chito. Todos os dias, sem exceção, o animal recebia a visita, os cuidados e carinho do pescador que passou a chamar o ‘bichinho’ de Pocho, que, no dialeto local, significa “forte”.

Lentamente Pocho foi se recuperando e, após estar totalmente saudável, foi devolvido ao seu habitat natural. Porém, inusitadamente, no dia seguinte, Pocho voltou para o local onde recebeu tanto carinho. E então se iniciou uma amizade que deixou o mundo inteiro boquiaberto. Chito conseguiu oficializar a adoção de Pocho, obtendo a licença de vida selvagem com os órgãos competentes da região.

Durante mais de 20 anos essa parceria incomum surpreendeu a todos, e o carinho e interação entre Chito e Pocho só aumentava. Chito, inclusive, começou a fazer apresentações para o público e com o dinheiro arrecadado comprou um pedaço de floresta onde inúmeros animais nativos estão protegidos de caçadores. Porém, infelizmente, em 2011, Pocho não foi ao encontro de seu amigo e, mais tarde, Chito o encontrou morto no lago em que habitava.

Pocho morreu de causas naturais, com cerca de 60 anos de idade, vinte desses vividos recebendo amor e carinho do homem que salvou sua vida.

Em um dos trechos do vídeo abaixo, Chito fala que levou cerca de 3 anos para desenvolver uma espécie de comunicação com Pocho. E sua história é um exemplo excepcional de como a paciência e o amor podem revelar laços e amizades onde jamais imaginaríamos. Pocho nos faz perceber a incrível capacidade que animais exóticos e selvagens possuem de se conectar com seres humanos e como a nossa compaixão pode impactar positivamente suas vidas.

• Abaixo: A hipopótamo Jéssica e sua tutora e Shyrley:

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Imagem: JessicaHippo.com

Jessica, a hipopótamo fêmea

No ano de 2000, na província de Limpopo, África do Sul, o casal sul-africano Tonie e Shirley Joubert encontraram um filhote de hipopótamo às margens do rio Olifants, durante uma cheia. O filhote era uma fêmea e tinha apenas poucos dias de vida, sua mãe havia sido levada pelas águas. 

A filhotinha de hipopótamo estava gravemente debilitada e sozinha, por isso o casal decidiu levá-la para sua casa, onde começaram a cuidar dela com amor e carinho. Tonie havia trabalhado como patrulheiro ambiental e sabia exatamente como agir em situações como essa.

A propriedade em que vive o casal fica ao lado de um braço de rio e, como sabemos, os hipopótamos são animais semi aquáticos, passam a maior parte do tempo dentro d’água. Sendo assim, Jéssica, a “hipopótama”, está em um ambiente perfeito para ela. Depois de suas caminhadas e banhos nas águas com outros membros de sua espécie, ela volta para casa, normalmente quando está com fome. Chegando lá, ganha chá gelado em mamadeiras improvisadas em garrafas pet e pode, até mesmo entrar na casa e ir até a cozinha pedir algum petisco. Ela se sente em casa, pois foi lá que cresceu e aprendeu a socializar e a interagir com os humanos que a resgataram.

Hipopótamos, na natureza, são animais extremamente territorialistas e causam mais mortes, no continente africano, do que qualquer outro mamífero, inclusive leões. Porém, Jéssica se afeiçoou de tal forma à família que a salvou que nunca demonstrou nenhum tipo de agressividade.

O casal Tonie e Shirley Joubert aproveitaram a linda história com Jéssica para conscientizar o público sobre a importância da conservação da vida selvagem. Eles criaram um santuário para hipopótamos e outros animais órfãos, e Jéssica tem seu próprio website, JessicaHippo.

Jéssica se sentir tão segura e confiante entre a família do casal Tonie e Shirley nos mostra que é possível convivermos com animais exóticos ou não, selvagens ou não, de maneira respeitosa e que os esforços para proteger o habitat e a vida selvagem como um todo vale à pena!

• Abaixo: Casey e seu padrinho de casamento, Brutus, o urso:

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O urso Burtus

Essa é mais uma história de humanos com animais exóticos de estimação resgatados e começou em 2002, nas montanhas de Montana, nos Estados Unidos, quando Casey Anderson resgatou um filhote de urso órfão que se encontrava em perigo e em condições críticas de saúde. Casey é um naturalista, cineasta e apresentador de televisão norte-americano e é conhecido por seu trabalho com animais e documentários sobre vida selvagem. Imediatamente, Casey decidiu levar o ursinho para casa e cuidar dele.

A partir daí, uma conexão especial começou a surgir entre os dois e uma amizade incomum se desenvolveu entre ele o urso que passou a ser chamado de Brutus. Enquanto o urso crescia, cuidado por Casey como se fosse seu próprio filho, eles brincavam e interagiam de uma forma que poucos poderiam imaginar ser possível.

A história dos dois se tornou uma séria do canal Nat Geo Wild e deixou a dupla famosa. Os espectadores podiam acompanhar as aventuras e o incrível respeito e carinho que existia entre eles. Casey aproveitou sua fama para conscientizar o público sobre a conservação da vida selvagem e a importância de proteger os locais que servem como habitat dos animais.

A amizade dos dois é tão forte que Brutus tem sua própria festa de aniversário todos os anos e foi padrinho do casamento de Casey. Já pensou você em uma festa com um convidado tão especial assim? Incrível, não é mesmo?

O forte laço entre Casey e Brutus é um lembrete de que os animais, mesmo os animais exóticos e selvagens, são seres com sentimentos e que merecem nossa compreensão e respeito.

• Abaixo: Os bebês morcegos de Trish Wimberley :

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Imagem: Extra

Morcegos

Há mais de 20 anos a australiana Trish Wimberley cuida de bebês morcegos resgatados na cidade costeira de Gold Coast, no Estado australiano de Queensland. Todos os anos, entre os meses de setembro e fevereiro, época em que as mamães morcego dão à luz, Trish chega a ter 200 morceguinhos para cuidar em sua casa. Houve um ano em que ela chegou a ter 500 bebês para cuidar.

Trish montou nos fundos de sua casa, uma clínica de reabilitação para morceguinhos que foram separados de suas mães por algum motivo, normalmente acidentes fatais. Ela possui uma equipe que faz o resgate sempre que chega uma ligação, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Ela está sempre alerta, e como ela própria diz, os morcegos são sua prioridade.

Normalmente eles chegam ao centro com machucados, membros fraturados, doentes dos rins ou pneumonia. Lá então, eles são cuidados como bebezinhos que são, permanecendo em incubadoras por algumas semanas e são alimentados com mamadeiras, assim como os bebês humanos.

Após um ano de cuidado e carinho intenso, o contato com humanos é reduzido drasticamente com o intuito de estimular os morceguinhos a se tornarem independentes e poderem retornar ao seu habitat natural. Mesmo depois de soltos, durante algum tempo, eles ainda retornam à clínica para se alimentar, até que finalmente, não voltam mais.

Porém, com um desses bebezinhos isso não aconteceu. Trish conta que está com uma “paciente” há 14 anos e que se tornou o animal exótico de estimação da clínica. Veja o que ela fala: “Estamos com ela há 14 anos. Ela é muito interativa com os tratadores, como um cãozinho. Isso não é algo raro em um morcego, eles podem ser domesticados e retribuírem o afeto que recebem. Diferente de outros animais, eles imediatamente sabem se você os está ajudando ou se é um predador. São criaturas muito inteligentes. Quem não gosta de morcegos não sabe o suficiente sobre eles”.

A dedicação incansável de Trish é um exemplo inspirador e nos ensina que é possível fazermos a diferença na conservação da vida selvagem.

Conclusão

Essas histórias de animais exóticos e selvagens como pets de estimação nos transportam para um mundo fascinante onde a amizade e o amor transcendem as fronteiras entre as espécies. Existe uma capacidade notável em todos os seres humanos de se conectar com a vida selvagem de forma respeitosa e carinhosa. E este carinho e respeito é capaz de criar laços de amizade verdadeiramente especiais.

Essas amizades extraordinárias nos convidam a olhar para a natureza sob uma nova perspectiva e nos lembrar que somos parte de um ecossistema e que estamos todos interligados. Esperamos que tenha gostado de conhecer esses relatos e que isso o incentive a ser um defensor ainda mais apaixonado pela vida selvagem. Que possamos todos juntos lutar em prol de um futuro em que a compaixão pelos animais seja uma realidade.
Até a próxima!



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