[ad_1]
Além de ótimos companheiros para os humanos, alguns pets vão além, e podem ser importantes no tratamento de transtornos mentais. Chamados de animais de apoio emocional, também conhecidos pela sigla ESAN (emotional support animal), eles proporcionam conforto e suporte para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de muitas pessoas.
Embora não substituam o acompanhamento médico e as terapias comportamentais, eles podem ser aliados no tratamento de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, por exemplo. Além disso, podem auxiliar pessoas com deficiência intelectual ou sensorial.
“O animal de apoio emocional pode diminuir o estresse, melhorar a autoconfiança e a autoestima, atuar como terapia tátil para indivíduos com dificuldades sensoriais e servir como ponto de atenção para ajudar a reduzir pensamentos negativos”, detalha Ana Cristina Tasaka, docente do curso de Medicina Veterinária da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).
Quais espécies são indicadas?
Ainda que cães e gatos sejam as escolhas mais comuns, qualquer espécie pode auxiliar no suporte emocional de uma pessoa. A especialista cita que, nos Estados Unidos – país onde há algumas regulamentações sobre o tema –, coelhos, pássaros, tartarugas e peixes também são muito utilizados para esse fim, ainda que informalmente.
O Brasil ainda não tem uma lei federal que trate sobre o assunto. O Senado já aprovou um projeto de lei sobre a presença desses indivíduos em locais coletivos e no transporte público, mas o assunto ainda depende da análise da Câmara dos Deputados. A maioria das propostas dão preferência aos cães para esse fim.
Em 2021, o Rio de Janeiro aprovou uma lei, a primeira do país, definindo que o cão de suporte emocional “é de responsabilidade de seu dono e deve ter o adestramento de obediência básica e isento de agressividade, comprovado por instituição ou profissional autônomo através de certificado”.
Requisitos para um animal ser de apoio emocional
Ana Cristina explica que, do ponto de vista comportamental, o mais importante é a conexão e a afinidade entre o ESAN e o paciente. No entanto, é importante que ele não seja feroz, venenoso ou peçonhento. Deve ser dócil, tenha boa saúde física e mental, e não apresentem risco à saúde – pessoas alérgicas a gatos não devem optar por um felino, por exemplo.
Além disso, é fundamental garantir a saúde e o bem-estar do animal. “A família deve ser responsável por fornecer boas condições de alimentação, espaço e saúde, com visitas regulares ao veterinário. Também é necessário garantir o treino e a manutenção do que foi aprendido para que ele seja um animal de suporte emocional”, orienta a docente da USCS.