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Meu filho não quer ir à escola: e agora?

Meu filho não quer ir à escola: e agora?

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Seu pequeno ou pequena se queixa de dor de barriga logo antes de ir à escola? Se fica em casa, os sintomas desaparecem, e surgem de novo no dia seguinte? Faz birra e chora para sair de casa?

Quase toda criança passa por uma fase quando não quer ir à escola, mostrando dificuldade para chegar ou ficar nas aulas. Isso geralmente está ligado a algum tipo de ansiedade, e é chamado pela psicologia de “recusa escolar”.

Entenda mais sobre os sintomas e quais são as melhores formas de lidar com essa fase:

Sintomas da criança que não quer ir à escola

Além de ter acessos de raiva e choro quando chega a hora da aula, os sintomas que as crianças costumam mostrar quando não querem ir à escola podem incluir queixas de sintomas físicos. As reclamações mais comuns são de dor de barriga, dor de cabeça e enjôo.

Embora esses sintomas possam ser confundidos com doenças ou problemas médicos, um bom sinal de que eles estão sendo causados pela recusa escolar é que acabam passando pouco tempo depois de a criança conseguir ficar em casa.

Se isso está acontecendo com frequência, algumas vezes na semana ou todos os dias, é preciso prestar atenção e investigar as causas. Uma visita ao pediatra é uma boa ideia para verificar se existe ou não alguma razão física para os sintomas que a criança demonstra.

Mesmo que a criança não tenha um problema físico causando seus sintomas, isso não significa que eles não sejam reais. Ou seja, ela não está necessariamente inventando ou fingindo a dor. Esse mal estar pode ter causas emocionais, justamente por causa da ansiedade gerada quando a criança não quer ir à escola.

Há crianças, ainda, que não chegam a reclamar de dores ou mal estar, mas começam a fazer birra e a ter crises de choro. Em todos os casos, reconhecer esse comportamento frequente é o primeiro passo. O segundo passo é identificar os motivos para ele acontecer.

Porque meu filho não quer ir à escola?

Descobrir o motivo real que está fazendo a criança não querer ir à escola é o mais importante para saber como ajudá-la a superar esse problema. Algumas das causas mais comuns são:

Ansiedade da separação

É comum que as crianças sintam insegurança de ficar longe dos pais ou de outras figuras afetivas, e ir à escola é um dos primeiros marcos dessa separação. Trata-se de uma fase normal do desenvolvimento infantil, que ocorre principalmente entre dois e cinco anos de idade. Normalmente a ansiedade passa com o tempo e a maturidade da criança, mas caso continue, pode indicar um transtorno da ansiedade de separação, que precisa de acompanhamento psicológico.

Experiências negativas na escola

Pode ser que a criança esteja passando por situações desagradáveis na escola, como bullying ou dificuldades escolares. Ambos podem levar a criança a desenvolver um quadro de depressão e ansiedade, por isso é importante estar em contato com a escola para saber de qualquer situação anormal que aconteça. Nem sempre a criança tem a habilidade de expressar o que sente e identificar os motivos disso.

Carência e necessidade de atenção

Pode ser que o comportamento da criança com relação à escola seja motivado apenas por uma necessidade de atenção. Por isso os pequenos fazem birra e choram: sabem que, com essas atitudes, vão receber maior atenção dos adultos.

Pode ser que o ciúme pelo nascimento de um irmão, a separação dos pais ou mesmo a morte de um parente querido acabem desencadeando esse comportamento. Nesses casos, a criança geralmente não demonstra nenhum transtorno psiquiátrico, mas isso não quer dizer que não precisa de atenção especial.

O que fazer?

Cada criança vive uma experiência diferente. Por isso, não há receita perfeita sobre o que é melhor fazer quando o pequeno não quer ir à escola. Procure entender o que funciona para acalmar a criança e se há algum argumento que costuma convencê-la a ir para a aula. De qualquer maneira, essas são dicas importantes para se ter em mente:

Procure padrões

Procure entender os sintomas que a criança demonstra quando não quer ir à escola. Ela acorda com dor de barriga ou dor de cabeça? Costuma se queixar quando está ocupada ou distraída? Se sente mal apenas durante os finais de semana ou em um dia específico da semana? Procure pistas sobre o que está fazendo com que seu filho evite a escola.

Descarte possíveis problemas médicos

Se seu pequeno ou pequena está se queixando de sintomas físicos, leve-o ao pediatra para ser examinado. É bem provável que os sintomas sejam emocionais ou, até mesmo, inventados como desculpa, mas é preciso descartar a possibilidade de qualquer doença.

Converse com todos os envolvidos

Converse com a criança e com a equipe da escola para descobrir se algo está desencadeando esses comportamentos. Pode ser um colega de turma que faz bullying, algum problema de desempenho escolar, ou até uma dificuldade da criança para fazer amigos. Os professores poderão te ajudar a entender o que acontece dentro do portão quando você vai embora, que é onde pode estar o motivo de a criança não querer ficar na escola.

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Não torne ficar em casa mais atraente do que ir à escola

Faça com que a criança saiba que se estiver realmente doente, precisará ir ao médico, ficar na cama e descansar, ao invés de assistir TV ou ficar brincando. Se você ficar em casa com seu filho ou filha, tente não dar mais atenção do que o normal. Quanto mais divertido for ficar em casa e mais atenção a criança receber, consequentemente mais motivos ela terá para não querer ir à escola.

Não seja resistente a procurar ajuda

Se o comportamento de evitar a escola se tornar constante e parecer estar se agravando ao invés de melhorar aos poucos, é uma boa ideia procurar um psicólogo infantil. O especialista pode te ajudar a encontrar respostas e principalmente poupar a criança de sofrimento desnecessário.

Outra atitude que pode ajudar a criança é não alongar as despedidas no portão. Tente também criar rotinas mais leves e descontraídas antes da ida à escola.

Se o pequeno está em uma fase de chorar e reagir de forma explosiva não só porque não quer ir à escola, mas também em outros momentos, veja mais dicas nesse outro artigo sobre como lidar com crises de birra da criança. Esperamos que seja útil!

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