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Um recente artigo publicado no site Nikkei Business revelou uma grande preocupação por parte do governo japonês sobre a possibilidade de sofrer um boicote das grandes empresas estrangeiras devido aos diversos problemas de direitos trabalhistas dentro da indústria de animes.
Em julho desse ano, a Organização das Nações Unidas fez uma visita ao Japão com seu Conselho de Direitos Humanos, onde reportou uma série de problemas relacionados a indústria de entretenimento, principalmente nos setores de animação e no mercado Idol.
De acordo com o relatório fornecido, as principais preocupações da organização são os baixos salários, horas de trabalhos excessivas, falta de mão de obra e a ausência de uma proteção legal dos trabalhadores contratados, recomendando assim que medida urgentes fossem tomadas por parte dos comitês de produção.
O membro do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, Pichamon Yeophantong, também deu uma coletiva de imprensa onde explicou melhor a situação.
Quando questionado sobre as chances desse relatório levar a boicotes por parte de empresas e streaming com Netflix e Amazon Prime, Yeophantong comentou que a possibilidade sempre existe.
Essa preocupação parte do principio que, ao receber essas críticas da ONU, a indústria de animes passe a ser vista com uma indústria construida com base na violação de diretos humanos, o que resultaria no afastamento de empresas estrangeiras e do publico consciente dos problemas dessa prática.
Em resposta a esse relatório, o governo japonês emitiu um comunicado oficial dizendo que alguns pontos pareciam “incorretos ou parciais”, mas não mencionou nada a respeito dos estúdios de animação (lembrando que o relatório envolvia outros setores).
Além disso, o governo japonês também se propôs a criar o Conselho Público-Privado para a Indústria de Conteúdo, um grupo que busca fornecer apoio aos criadores, desde a formação de novos talentos, até o incentivo a expansão para o mercado internacional.
Em setembro desse ano, o Conselho teve sua primeira reunião, onde foram discutidos questões relacionadas a esse relatório da ONU, além de outras ideias para melhorar o ambiente de trabalho dos animadores e garantir uma remuneração adequada.
De acordo com o artigo do site Nikkei Business, o Japão deve continuar tentando se adequar as exigências da ONU, já que um boicote a indústria de animes teria um impacto considerável na economia do país, principalmente após o Japão ter criado o “New Cool Japan”, uma iniciativa que busca aumentar a presença da cultura japonesa no mundo, sendo os animes um dos principais fatores nessa estratégia.
Fonte: Kudasai, NIkkei Business
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