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Filme de abertura do XV Janela de Cinema retrata uma severa realidade vivida por mulheres de comunidades ribeirinhas


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Abrindo o XV Janela Internacional de Cinema do Recife, em uma cerimônia repleta de apreciadores da sétima arte e da cultura pernambucana, a produção Manas marcou também a tão esperada abertura do Cinema São Luiz, conhecido como o “Templo do Cinema Pernambucano”.

Apresentado pela Vice-Governadora Priscila Krause e o renomado cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho (Aquarius, Retratos Fantasmas), a abertura do XV Janela de Cinema foi realizada na sexta-feira (1º de novembro), contando com um grande público cheio de saudades de uma das salas de exibição mais importantes do Brasil, referência no exterior de acordo com o próprio Mendonça Filho. Erguido em 1952, o Cinema São Luiz esteve fechado por 2 anos e meio para uma série de obras. O local já sediou estreias importantes, como “O Canto do Mar” (1953) e “Bacurau” (2019).

Dirigido pela pernambucana Marianne Brennand, que também esteve presente na estreia do longa-metragem no Janela, Manas é ambientado na Ilha de Marajó, no Estado do Pará e trabalha de forma minuciosa, sensível e verdadeiramente chocante a questão do abuso de meninas e adolescentes em humildes comunidades ribeirinhas, muitas vezes praticada dentro do próprio teto. Dotado de uma escrita assertiva, “Manas” reflete também variadas questões sociais, como o difícil acesso a escolaridade, o trabalho infantil e a necessidade de pedir ajuda mediante situações de violência e abuso.

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Equipe do filme “Manas” no XV Janela Internacional de Cinema. Foto: Lucas Rigaud

Na trama de Manas, acompanhamos Marcielle, Tielle, uma jovem de 13 anos que vive em uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó com o pai, a mãe e três irmãos. Instigada pelas falas da mãe, ela cultua a imagem de Claudinha, sua irmã mais velha, que teria partido para longe após “arrumar um homem bom” nas balsas que passam pela região. Conforme amadurece, Tielle se vê presa entre ambientes abusivos e precisa confrontar os abusos que vêm sofrido, principalmente dentro do ambiente familia, para proteger a si e a sua irmã mais nova.

O filme é protagonizado pela atriz paraense Jamilli Correia, uma jovem e promissora atriz, que dá vida à Tielle de forma visceral. A produção também conta com as participações de Dira Paes, Rômulo Braga e Fátima Macedo.

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Foto: Lucas Rigaud

Grande vencedor do prêmio da Giornate Degli Autori, uma importante mostra paralela do Festival de Veneza, Manas já está em cartaz nos cinemas.





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