Maddie Stone, do Gizmodo, calculou a quantidade de energia necessária e descobriu que, em teoria, a energia gerada pelo cérebro poderia carregar um iPhone 5C em 70 horas.
Tudo o que fazemos é controlado e facilitado por sinais elétricos que funcionam através do nosso corpo. A eletricidade é produzida por meio das membranas, quando átomos tornam-se positivamente ou negativamente carregados.
É essa mudança que permite que os elétrons fluam de um átomo para outro, e isso é o que chamamos de eletricidade. Quando os cientistas falam sobre o sistema nervoso enviar “sinais” para o cérebro ou sobre a “queima” de sinapses, estão falando sobre o fluxo de eletricidade entre diferentes pontos. O cérebro tem 100 bilhões de fios condutores de eletricidade, de acordo com Stone.
Cada vez que um neurônio “queima”, ele produz uma pequena alteração na tensão. Embora em minúscula quantidade, o cérebro humano contém cerca de 80 bilhões de neurônios, e pensa-se que 1% está pronto para ser queimado a qualquer momento, de acordo com o biofísico Bertil Hille, da Universidade de Washington, nos EUA.
Portanto, se 800 milhões de neurônios estão ativos ao mesmo tempo, a produção de eletricidade é equivalente a cerca de 0.085 Watts de potência, o que é em torno da mesma quantidade de eletricidade necessária para alimentar e manter a energia de uma lâmpada LED. Isso significa que, para carregar, por exemplo, um iPhone 5C, seria preciso uma taxa de 5,74 Watts-horas, e o cérebro levaria cerca de 68 horas para carregar o aparelho.
No entanto, se pudéssemos fazer isso, de fato, ainda seria problemático, pois não haveria nenhuma eletricidade livre para realizar todas as outras funções do corpo. Se 1% da eletricidade do cérebro for desviada para carregar um smartphone, demoraria cerca de 285 dias para carregá-lo.
Fonte: Jornal Ciência