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Crítica | Os Observadores

Crítica | Os Observadores


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Uma artista de 28 anos fica presa em uma floresta extensa e intocada no oeste da Irlanda. Encontrando abrigo, ela sem saber fica presa ao lado de três estranhos que são perseguidos por criaturas misteriosas todas as noites. Essa é a sinopse de Os Observadores, filme de estreia da diretora e roteirista Ishana Shyamalan.

A filha do diretor M. Nigth Shyamalan (Tempo) entrega uma adaptação do livro homônimo de A.M Shine que possui altos e baixos. De início a trama é instigante, o cenário ameaçador e o que está acontecendo um verdadeiro mistério o que leva o espectador a mergulhar de cabeça na história. O problema é que com o tempo as resoluções do roteiro da estreante vão sendo mastigadas e mastigadas para o espectador, não dando espaço para que o mesmo tire suas próprias conclusões. Além disso, algumas “das respostas” da trama surgem de modo estranho na narrativa. O texto insere informações em momentos desconexos e alguns comportamentos de personagens não são explicados. O que causa estranheza, mas que pode ser explicado pelo tempo no qual os personagens estão naquela situação.

Os Observadores
Crítica | Os Observadores 11

Nenhum dos personagens da história está 100% bem da cabeça. Georgina Campbell (Noites Brutais) interpreta uma personagem doce, mas que está em choque pela situação que vive. Oliver Finnegan (Man in an Orange Shirt) é uma bomba relógio ambulante. Já Olwen Fouéré (O Tarô da Morte) vive uma líder protetora no limite e Dakota Fanning (Ripley) uma jovem com um passado conturbado, que está desiludida com a vida. Fanning se esforça e de todos é a que tem o comportamento mais próximo de um ser humano normal, mesmo interpretando uma personagem pra lá de apática em boa parte da história.

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As criaturas tem um visual interessante e é inegável que o mistério sobre elas é o ponto alto deste filme. Outro destaque é a fotografia soturna, que torna a floresta em local imprevisível e ameaçador. O ambiente acaba sendo mais um personagem desta história que mistura fantasia e terror. Tendo o conteúdo voltado para fantasia, mais satisfatório que o terror. Por fim, a reviravolta não funciona. Principalmente por ser algo que já foi visto e o trauma abordado é um clichê típico desse tipo de produção.

É impossível não perceber que Shyamalan (filha) se inspirou em Shyamalan (pai) em diversos closes, cortes e até na escrita do roteiro. Algumas dessas inspirações funcionam e outras não, mas é inegável que a ela também tenta imprimir o seu estilo e tem tudo para figurar como uma grande diretora no futuro.

Os Observadores é um filme ousado e intrigante do início ao fim e tem o selo Shyamalan de qualidade. Isso vale para seus pontos positivos e para os negativos. Para nossa alegria a produção tem mais elementos positivos e deve agradar aos fãs de mistérios.





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