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Conheça Camila Comitre: nova especialista do blog

Camila e os filhos Mariana e Murilo


Uma das formas de ajudar as famílias na incrível missão de formar crianças capazes de impactar positivamente as pessoas e o mundo ao seu redor no futuro, é unir forças com profissionais e especialistas que compartilham o mesmo propósito. Por essa razão, ficamos muito felizes em apresentar para você que acompanha nossos conteúdos, a Camila Comitre: nossa nova colunista e especialista!

Assim como a Dentro da História, a Camila também acredita no poder transformador da educação e na importância dos livros infantis para apresentar novas perspectivas e experiências, além de expandir o repertório e auxiliar as crianças em seu desenvolvimento para que possam atuar como protagonistas e agentes de mudanças no futuro. 

Todos os meses a Camila irá compartilhar em sua coluna suas próprias experiências sobre família, formação dos filhos, educação e desenvolvimento infantil com você que nos acompanha. Ela que é mãe da Mariana e do Murilo, especialista em Aprendizagem Socioemocional, empreendedora e autora da nossa coleção de livros personalizados “Aprendendo o Bê-a-Bá”, compartilha a seguir um pouquinho de sua história, confira!

Aprenda de maneira lúdica e personalizada com os livros da Dentro da História
  • GS Formas 2
    Aprendendo o Bê-a-Bá | Cidade das Formas
  • GS Cores 1
    Aprendendo o Bê-a-Bá | Bairro das Cores
  • GS N%C3%BAmeros 1
    Aprendendo o Bê-a-Bá | Mundo dos Números

Prazer, sou a Camila…

Camila Comitre: nova colunista e especialista do blog Dentro da História
Camila Comitre é especialista em Educação e Aprendizagem Socioemocional

…E esse é o meu primeiro texto para o Blog Dentro da História. Meu coração está ansioso, animado e cheio de vontade de celebrar! Você consegue celebrar os acontecimentos da sua vida com intenção e potência? Eu ainda estou aprendendo sobre isso e uma reflexão que faço é: a celebração só existe onde conseguimos enxergar alguma conquista, crescimento, ganho ou vitória em nossas pequenas e grandes construções.

Há 20 anos atrás eu não celebrava as coisas da vida, porque eu tinha conceitos equivocados sobre sucesso e felicidade, usando duas bases: muitas idealizações fantasiosas e a comparação com a vida das pessoas. Quanto mais comparação, mais tendência em errar a mão no reconhecimento das coisas bacanas que acontecem com a gente.

As descobertas da maternidade

Quando me tornei mãe e mergulhei nesse novo universo cheio de desafios e medos de todos os tipos, cores e tamanhos, aprendi muito sobre celebrar. Primeiro descobri as celebrações solitárias, que tem a ver com ganhos muito sutis, de dificuldades que só eu sabia, como o dia em que parei de enjoar na gravidez ou a primeira vez que consegui andar sozinha na rua com a minha bebê sem sentir medo. Aprendi sobre a celebração do simples: depois de ser mãe, um banho quente sem interrupção era uma vitória deliciosa, um dos melhores momentos do meu dia. Que luxo lavar e secar o cabelo. Noites bem dormidas, o famoso “vale night”.

Camila e os filhos
Camila e os filhos Murilo e Mariana

Quando temos filhos, cada ganho em desenvolvimento e fortalecimento de vínculos é uma grande novidade, um grande motivo a ser celebrado. No meu caso, o autismo dos meus dois filhos me fez celebrar questões muito subliminares como receber um olhar mais persistente, chamar o nome dos pequenos e sentir-se ouvida, conseguir fazer um passeio e ter a certeza que eles passaram por mais diversão do que desconfortos. 

Hoje estamos na fase de celebração da autonomia. Seja atravessar a rua, arrumar o material escolar, entrar no banho sem a mamãe pedir muitas vezes, esses são motivos de satisfação, orgulho e de gratidão. Atualmente nossas celebrações têm pulos de alegria, danças e abraços. Muitas vezes tem meu choro emocionado e cheio de esperança no carro, no banheiro, no travesseiro, na visita àquelas fotos antigas que tinha problemas que hoje não temos mais.

Maternidade e vida profissional

Em 2015 minha vida profissional deixou de ser corporativa para que eu ficasse mais próxima das crianças, o que me transformou em uma empreendedora em home office, com várias inseguranças de grana, produtividade e reencontro com propósito. Na grande complexidade de demandas e escolhas, não conseguia celebrar porque só pensava em resultados e não olhava para os processos de aprendizagem e crescimento que as falhas traziam.

Eu tive que aprender a beber e sentir o gosto ruim desse restinho da água quando o copo está quase vazio, tentando entender como fazer para que ele volte a encher. Descobrir como celebrar os erros me fizeram recalcular a rota e alinhar as coisas para que não me sentisse andando em círculos, podendo assim cometer erros novos. Hoje vejo que todos os dias erro em coisas diferentes e isso constrói minha história e meu percurso profissional.

Camila e sua filha Mariana
Camila e sua filha mais velha, Mariana

Minha trajetória de trabalho foi ganhando tom conforme a vida pessoal ia acontecendo. Essa grande mistura me fez transbordar em um propósito que tem muita beleza e um toque de maluquice: querer um mundo mais humano para meus filhos e para os filhos de todo mundo.

Para isso, estudei soluções de aprendizagem socioemocional que ganharam premiações importantes e impactam a vida de escolas, professores, alunos e famílias. Pisei em lugares que nunca imaginei graças às histórias da vida real, que humanizam, aproximam e que transformam minha maneira de ler o mundo e interagir com ele.

Educação, leitura e aprendizagem socioemocional

Como boa mãe, eu só queria que meus filhos gostassem de livros, mas esse portal aberto pela literatura em nossa jornada familiar foi tornando-se um lugar no mundo só nosso com momentos de conexão, de histórias novas, que se repetem, que fazem a gente rir, pensar e ter frio na barriga. Quando criança, eu não era a filha mais intelectual, nem a mais focada, muito menos a mais leitora, mas eu amava os livros. 

Hoje, a roupa de escritora não ficou só bonita, mas também confortável em mim. A Dentro da História abriu suas portas para que eu escrevesse títulos que jamais sonhei, que estavam apenas nos sonhos da Camila de 1993, uma garotinha de 10 anos super feliz em poder usar caneta azul e vermelha. Essa Camilinha vive aqui em mim e estou tentando cuidar muito bem dela, para que a Camila Comitre de hoje, que já tem alguns cabelos brancos, seja uma pessoa contente com sua própria história, além de uma mãe que a Mariana e o Murilo tenham boas lembranças. 

Neste mês de Março também celebro com você meus 40 anos e estar aqui, de todo o meu coração conversando com gente que tem sede de educação e humanidade é um grande presente. Se todo aniversário tem convite, o meu é para que você celebre o simples, que consiga contemplar e fazer pausas. Apago as velinhas fazendo um pedido: que nossas conversas sejam de verdade, com presença, escuta e conexão. Com a proximidade e doçura que a leitura proporciona de um jeito muito especial. Vamos juntos?





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