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Muitas pessoas já viram e foram enganadas por alguma ilusão de ótica, mas você sabe como isso funciona?
Mesmo Aristóteles, ainda na Grécia antiga, apontou sobre a facilidade com que a mente pode ser enganada pelo que vê. Ele observou que quando se olhava para uma cachoeira e depois deslocava o olhar para rochas estáticas, parecia que as rochas estavam se movendo na direção oposta ao fluxo de água.
Nós ainda não compreendemos completamente o que acontece nos nossos cérebros quando vemos diferentes ilusões de ótica. Porém, desde o século 19, cientistas e artistas têm aprendido mais sobre esta relação entre a realidade e a percepção.
Ilusões nos enganam por vários motivos
Objetos adjacentes podem influenciar a forma como você vê as coisas. Ou diferentes perspectivas pode mudar sua visão sobre um objeto. Às vezes, ilusões funcionam devido a deficiências na anatomia normal de nossos olhos.
Mas se você pensou que a visão tinha apenas a ver com seus olhos, você está enganado! Isso porquê as informações sobre a luz que entram no olho viajam através do nervo óptico, sendo depois interpretadas pelo cérebro.
O cérebro é responsável por tirar dados brutos sobre os comprimentos de onda da luz e desvendar os padrões, usando a memória para dar sentido às imagens que o cérebro finalmente “vê”. Nossos olhos transmitem uma enorme quantidade de informações ao cérebro, e requer muito poder cerebral para processar tudo.
Para facilitar o trabalho, o cérebro criou atalhos para entender o que está vendo, fazendo suposições sobre algo em vez de realmente ver como essa coisa é. Isso faz com que vejamos as coisas incorretamente. As sombras, a perspectiva e a cor são algumas das pistas que o cérebro usa para tomar decisões sobre o que está olhando.
Porque vemos manchas pretas na Hermann Grid?
Dê uma olhada nesta imagem. O que você vê? Uma grade de quadrados?
Agora, olhe novamente para o espaço em branco nos cruzamentos entre os quadrados. Embora esta imagem, conhecida como Hermann Grid, seja realmente apenas uma grade de quadrados em preto e branco, parece que há algo mais, como pequenas manchas escuras, nas interseções das linhas brancas.
Esta grade é um dos exemplos mais clássicos de uma ilusão de ótica, onde sua mente está sendo enganada para ver algo que não existe.
Você vê as manchas escuras nos espaços em branco, mas quando você olha diretamente para o local onde ela deveria estar, ela desaparece, porque na verdade ela nunca esteve lá. Essa ilusão acontece porque a imagem induz um efeito chamado inibição lateral.
Devido ao contraste acentuado da cor que aparece em nossa visão periférica, as células fotorreceptivas na retina dos olhos tornam-se confusas e criam pontos que não existem.
Esta imagem não é um .gif, então por que parece que está se movendo?
Esses círculos parecem estar em movimento devido a ilusão de ótica. Embora não seja inteiramente entendido como o cérebro percebe o movimento dessas imagens, em 2012, um estudo do Hospital St. Joseph e do Centro Médico em Phoenix descobriu que pequenos e rápidos movimentos oculares são responsáveis por parte da ilusão.
Se você focar seu olhar muito atentamente em um ponto da imagem, o movimento irá parar.
Qual caixa é mais escura: A ou B?
Como a caixa A parece visivelmente mais escura, provavelmente você estranharia se falássemos que as duas tem exatamente a mesma cor.
Veja por si mesmo:
Essa ilusão é capaz de enganar nossos cérebros por um par de motivos diferentes. Por causa do padrão do xadrez, que tipicamente usa uma cor escura e cor clara, nossa memória nos diz que A e B devem ser diferentes.
No entanto, o cilindro molda uma “sombra” na placa, obscurecendo significativamente as caixas que cercam B. Então B se torna mais escura do que o esperado, ficando com a mesma tonalidade de A.
Porque os círculos laranjas parecem ter tamanhos diferentes?
A ilusão de Ebbinghaus, revelou que nosso cérebro faz julgamentos sobre o tamanho usando objetos adjacentes, e isso pode ser manipulado. Ou seja, o tamanho dos objetos ao redor do item principal pode alterar nossa percepção sobre ele.
Os círculos laranja aqui são, na verdade, do mesmo tamanho.
Porque achamos que essas linhas têm tamanho diferente?
Nessa imagem, as duas linhas horizontais têm o mesmo tamanho, porém, porque parecem ter tamanho diferente?
A ilusão de Ponzo ilustrou esse contexto fundamental para a percepção de profundidade. Aqui, linhas de tamanho idêntico parecem ter comprimentos diferentes, pois foram colocadas entre linhas paralelas convergentes.
Isso mostra como nosso senso de perspectiva funciona. Como uma trilha do trem, as linhas inclinadas nos fazem acreditar que a linha superior está mais longe.
Porque vemos rostos em objetos?
Essa imagem parece um binóculo turístico, ou um rosto muito feliz? Se você vê um rosto extremamente feliz, você está passando pelo fenômeno neurológico conhecido como pareidolia. Este efeito faz com que as pessoas vejam “faces” em objetos inanimados, como rostos surpresos em tomadas elétricas, ou imagem de santos em torradas.
É extremamente comum ver rostos nos objetos do cotidiano.
Esta habilidade surgiu como uma maneira de reconhecer rapidamente os outros seres humanos, mesmo quando a visibilidade era baixa.
Como você pode perceber, iluminação, perspectivas, sombras e diversos outros fatores podem enganar seu cérebro. Então, é melhor não acreditar em tudo que se vê.