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As tartarugas terrestres, popularmente chamadas de jabutis, é o pet escolhido por muitas famílias, principalmente por serem consideradas amigáveis e por viverem bastante, podendo alcançar os 100 anos. É fundamental tomar os cuidados adequados para garantir a saúde e o bem-estar, e, consequentemente, a longevidade do animal.
Primeiramente, é importante estar atento ao adotar ou comprar um jabuti, uma vez que nenhuma espécie silvestre é considerada animal de estimação. Desse modo, apenas criadores legalizados podem comercializar jabutis. Já a família que deseja tê-los precisa de uma autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).
As espécies de tartarugas terrestres mais comuns no Brasil, até mesmo por serem nativas, são o Jabuti-piranga, que pode ter até 55 cm de casco, e o Jabuti-tinga, que pode chegar a 70 cm.
Elas são onívoras, ou seja, a alimentação é composta majoritariamente por vegetais, principalmente hortaliças, frutas e, em menor quantidade, proteína animal – por exemplo, de um a dois ratos na semana ou carne moída. Mas também podem se alimentar de rações específicas, que contém todos os nutrientes necessários.
Como deve ser o ambiente para os jabutis?
Ainda que os jabutis possam viver livremente pela casa, não é recomendado. O ideal é que eles vivam em um terrário, que deve ter entre quatro e cinco vezes o tamanho do animal. Um dos principais itens que devem estar no espaço é uma fonte de radiação UVA e UVB, que são fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo da espécie.
“A carapaça é óssea, então demanda uma quantidade de cálcio muito grande para crescer, lembrando que os répteis crescem a vida toda. Caso o animal tenha acesso ao sol, não precisa de uma fonte artificial, mas essas lâmpadas são facilmente encontradas hoje, só é preciso tomar cuidado porque elas têm validade e muitas vezes não queimam, mas param de emitir radiação”, explica Diego Muniz, doutor em anatomia dos animais domésticos e silvestres, e docente do curso de medicina veterinária da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).
O terrário também precisa de uma lâmpada de aquecimento, principalmente para tartarugas que estão na fase do crescimento juvenil – a mais rápida, já que o crescimento é mais lento quando atinge a idade adulta. “Existem lâmpadas de cerâmica que também emitem calor por irradiação. É importante que sejam próprias para isso, pois não emitem luminosidade porque o animal não pode ficar com 24 horas de claridade”, afirma o veterinário.
Por isso, é importante que o espaço seja suficiente para que o animal tenha um gradiente de calor, ou seja, que esteja mais quente perto da fonte de calor, mas que na outra extremidade esteja mais frio. Assim, ele pode escolher qual temperatura prefere ao longo do dia, além de garantir que o pet tenha espaço para se movimentar livremente.
Os jabutis bebem água enfiando toda a cabeça no recipiente. Portanto, é essencial que o pote de água esteja sempre baixo ou preferencialmente abaixo do nível do chão, simulando um pequeno lago.
“É importante que não seja muito fundo a ponto do animal entrar ou correr o risco de afogamento caso caia. Eles não são animais terrestres, então podem se afogar se caírem em um recinto com água um pouco mais fundo. Manter a água sempre limpa e fresca também é fundamental”, orienta Muniz.
Jabutis precisam tomar banho?
As tartarugas terrestres não são exigentes em relação à higiene. Elas não são animais que precisam de banho e não gostam de água. Porém, os jabutis podem ser lavados esporadicamente quando estão muito sujos, desde que seja com água de procedência conhecida e sem altas quantidades de cloro. Não é permitido usar qualquer tipo de produto, como sabão de qualquer tipo.
Quando o banho for indispensável, é necessário que o animal fique bem seco. Para isso, ele deve ser colocado em um ambiente arejado ou, até mesmo, enxugá-lo com uma toalha.
É comum que os jabutis pisem nos alimentos e acabem se sujando. No entanto, não é algo que os incomoda, já que são uma espécie que frequentam ambientes como esse por se alimentarem de restos de alimentos que encontram na natureza. “É importante trocar a alimentação natural para evitar atrair moscas e outros vetores de doenças para o ambiente, além de limpar sempre que tiver fezes”, alerta Diego Muniz, da USCS.