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Ace Attorney Investigations: Collection é mais um game da série Ace Attorney, aclamada por seus ótimos romances visuais, e que a Capcom está dando um tapa no visual, modernizando para apetecer melhor as audiências que vão conhecer os jogos pela primeira vez e não tem aquela camada de nostalgia para compensar pelos gráficos pixelados do original.
Em Ace Attorney Investigations: Collection temos dois games: Ace Attorney Investigations e Ace Attorney Investigations 2: Prosecutor’s Gambit. Só considerando o tempo que a galera gasta para fechar a campanha principal, estamos falando de dois games que vão passar fácil de 60 horas de entretenimento.
O game está disponível para PC via Steam e Windows Store, Playstation 4 (também compatível com o PS5), Xbox One e também no Switch. Galera do PC pode testar a demo neste link aqui, sendo que sempre apreciamos games que trazem essa possibilidade de “degustação”.
Testamos a versão de Switch, com uma chave enviada pela Capcom Brasil.
Gráficos e áudio
O ponto forte dessa e de outras verões HD dos clássicos da série tem sido a boa atualizada nos gráficos, capazes de “não fazer feio” em telas Full HD e até mesmo televisores 4K. Testei o game no Nintendo Switch, tanto na tela do portátil quanto em uma televisão Samsung S90C. Além dos gráficos aguentarem o tranco para uma exibição de 55 polegadas, o display OLED deu uma boa valorizada nas cores vibrantes que o game usa e abusa.
O forte dos games da série Ace Attourney é o roteiro intrincado e cheio de reviravoltas, mas a atualização dos gráficos é importante para revitalizar outro pilar da franquia: os personagens carismáticos. Do sisudo protagonista a todo tipo de maluco que aparece em seu caminho, o design e animações caricatos e exagerados dos personagens sempre também ajudam a manter esse jogo chamativo e divertido.
As caras dramáticas fazem toda a diferença nos momentos críticos em que as reviravoltas acontecem, e vemos pessoas sendo desmentidas “na lata”. As caretas de seus antagonistas vendo suas mentiras sendo desmascaradas fazem toda a diferença na satisfação que é vencer os embates.
As trilhas vem recebendo um carinho nessas remasterizações, e em Ace Attorney Investigations: Collection vemos o mesmo tratamento. Além de remasterizadas, temos trilhas como novos arranjos especialmente feitos para essa reedição do game.
Gameplay
Para quem está seguindo essa jornada na atualizar os games da série Ace Attourney, o que inclui a gente por aqui no Adrena, Ace Attorney Investigations trás uma mudança interessante na lógica comparado aos antecessores. Depois de lutar para salvar seus clientes como o advogado de defesa, agora é a vez de trocar de balcão e encarnar um personagem que foi seu antagonista em diversos dos games anteriores, o promotor Miles Edgeworth.
Essa inversão de lógica também se aplica ao gameplay. Enquanto em games como Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy e Apollo Justice: Ace Attorney Trilogy, você está preocupado em desmontar as evidências da acusação para provar a inocência de seu cliente, na pele – e a pompa das roupas – de Edgeworth você precisa montar a acusação para descobrir o culpado.
O gameplay reflete isso através do modo dedução de Edgeworth. Na medida que o jogador vai explorando os cenários e encontrando evidências, elas vão sendo acumuladas como peças de um quebra-cabeça. Uma das formas de avançar na história é usar o poder de lógica de Edgeworth, que várias vezes infernizaram os jogadores dos games da franquia, mas desta vez ao seu favor. Basta conectar duas peças que tem relação para ver Miles completar uma linha de raciocínio e colocar seu adversário em “maus lençóis”.
No segundo título presente nessa coletânea temos a introdução do Mind Chess, ou xadrez mental, em uma tradução livre. Esse gameplay adiciona dinamismo as duelos de versões e argumentação, já que adiciona um timmer que levando o jogador a ter um tempo para escolher o que irá trazer para o debate, e também adiciona a opção de deixar o tempo correr e ver o que mais seu interlocutor vai falar.
Isso adiciona um interessante balanço entre saber quando fazer uma tentativa, ou quando esperar mais informações, mas tudo com a pressão de um tempo que pode acabar.
Em geral, acho o jogo bem melhor que seus antecessores na parte da exploração e investigação. Os antecessores tinha uma quebra de ritmo monótona na parte de investigar as cenas do crime e buscar evidências, com um gameplay na vibe “point-and-click”, enquanto neste título a investigação com o personagem andando pelo mapa tem um rimo melhor e mais interessante.
Melhoras de qualidade de vida
O Ace Attorney Investigations: Collection mantém trás as melhorias que vimos nos remasters mais recentes da série Ace Attorney, e eles melhoram bastante a experiência com o game, reduzindo algumas frustrações que ocorriam nos games originais.
O primeiro recurso é o Autoplay, que avança os diálogos automaticamente para você não precisar ficar pressionando constantemente o botão de avançar. Dá pra mexer na velocidade para uma compatível com seu ritmo de leitura nas configurações.
O outro é o Story Mode. Ele serve tanto para quem quer apenas ver a história se desenrolar, sem precisar ficar quebrando a cabeça ou procurando as pistas, quanto para resolver trechos que você ficou “empacado”. É só ligar o Story Mode, ver o game avançar a parte que você não está conseguindo descobrir, e desligar para voltar a ter o controle do gameplay. Ele pode ser ligado e desligado em qualquer momento, quantas vezes quiser.
E por fim, o game te dá a liberdade de ir para a história que quiser através de um seletor de capítulos. Dá então para pular para suas partes favoritas da aventura sem precisar seguir a trajetória linear da narrativa.
Nessas reedições dessa franquia histórica da Capcom, a empresa tem mantido um certo “carinho” para os nostálgicos. Um desses cuidados é manter a possibilidade de habilitar os gráficos originais do game a qualquer momento. Além de tornar viável comparar o trabalho feito pela equipe que remasterizou os gráficos, também serve para os jogadores do game original lembrar a forma original em que conheceram o game.
O game também trás uma galeria com diversos materiais para quem quer ver um pouco da criação do jogo, como artes conceituais, um catálogo completo de todas as animações dos personagens para você brincar, compêndio de informações e a possibilidade e comparar as artes do game original, em pixel art, e do novo game.
A galeria também inclui o catálogo de músicas, com as 106 trilhas que compõem o gameplay, sendo 23 arranjos orquestrados, 5 novos arranjos e também uma trilha completamente nova. Alguns trechos icônicos do game “só são o são” graças as essas trilhas que os acompanham.
A revitalização da série Ace Attorney, com Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy, Apollo Justice: Ace Attorney Trilogy e agora com Ace Attorney Investigations: Collection é uma excelente pedida para quem não teve contato com a origem do meme OBJECTION! e quer entender porque essa série tem o carinho de tantos fãs até hoje.
Enquanto os roteiros cheios de viradas mirabolantes continuam funcionando bem, o tapa no visual estava mais que o necessário para o game sair das compactas telas de portáteis, onde os games rodaram originalmente, e chegar nos displays maiores atuais. Tudo isso mantendo o estilo bobalhão das animações e dos personagens que fazem essa série ser tão cativante.
Mas não tem como ver tudo isso ser feito e não considerar um gigantesco desperdício, pois um passo crucial ficou de fora: a localização para o Brasil. Como venho destacando ao longo da análise, o jogo se escora em partes no carisma dos personagens, e outra parte nos roteiros surpreendentes. E tudo isso se perde se você não sabe o que os personagens estão falando, ou o que está acontecendo.
A falta de localização para o português brasileiro faz com que essa obra continue inacessível para quem não domina alguma das oito línguas em que ele está disponível. Considerando todo o trabalho feito para a modernização desses clássicos, é triste ver essa etapa ser ignorada. Ela põe tudo a perder e impede minha recomendação pra muita gente que não tem um excelente domínio de línguas estrangeiras, afinal, é justamente as minúcias do roteiro que desenrolam o gameplay. Lamentável.
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