[ad_1]
Talvez este seja um dos macacos mais fáceis de se identificar devido a ao rosto colorido, típico dos machos de sua espécie. O macaco mandril é um animal fascinante, com fortes habilidades sociais e muito inteligente. Há quem diga que é também bastante agressivo, mas existem controvérsias a esse respeito. Se interessou? Vamos ler e descobrir um pouco mais sobre os macacos mandris, suas características, comportamento e habitat? Boa leitura e divirta-se!
Macaco mandril
Os macacos mandris, há algum tempo atrás, faziam parte do gênero de babuínos Papio, porém, em pesquisas mais recentes os cientistas determinaram a necessidade de criar um gênero à parte, específico para este tipo de macaco e por isso, agora, eles compõem o gênero apenas seu, o Mandrillus. Fazem parte da grande família Cercopithecoidea, que inclui a maioria dos macacos do Velho Mundo, que são nativos da África e da Ásia. Esses macacos do Velho Mundo são conhecidos por terem habilidades cognitivas impressionantes, e na cadeia evolutiva, acredita-se estarem mais próximos dos humanos do que os macacos do Novo Mundo. Seu nome científico é Mandrillus sphinx.
Características físicas do mandril
O macaco mandril é considerado um dos maiores macacos do mundo e chega a pesar até 50 quilos. O comprimento médio de seu corpo varia entre 60 centímetros a 1,20 metros e como acontece em inúmeras espécies de animais, no caso dos mandris, o dimorfismo sexual está presente. Os machos são maiores e mais pesados que as fêmeas, além de terem cores vibrantes e intensas em seus corpos e rostos, enquanto a coloração nas fêmeas é mais neutra.
Podemos afirmar sem sombra de dúvida, que a característica física mais marcante do macaco mandril são as cores do seu rosto. Seu corpo em tom verde-oliva também é diferenciado, mas são sua face e nádegas multicoloridos que o tornam rapidamente reconhecível. Evidentemente, não podemos esquecer dos dentes grandes e afiados que eles fazem questão de mostrar para se exibirem, para intimidar rivais ou apenas para se comunicarem entre si. Seus dentes são assim, fortes e grandes, pois evoluíram e se adaptaram para mastigar alimentos duros, como nozes e outras sementes. Nos machos, os dentes caninos podem chegar a 6,5 centímetros, enquanto nas fêmeas não passam de 1 centímetro.
Habitat do macaco mandril
Nativos do continente Africano, um dos países em que os macacos mandril são mais comuns e amplamente distribuídos é a República Democrática do Congo. A maior população de mandris do mundo está localizada no Parque Nacional de Kahuzi-Biega, na província de Kivu do Sul, no Congo. Estima-se um número de macacos entre 3 e 6 mil indivíduos, o que torna o parque um dos maiores refúgios do planeta para essa espécie.
Além do Congo, o mandril é encontrado em diversas outras partes da África, preferindo florestas tropicais, savanas arborizadas, montanhas arborizadas e florestas de galeria. Eles gostam de viver em áreas onde a água seja abundante e a vegetação densa, pois sabem que se a água é abundante, assim também será a variedade de alimentos disponíveis.
Comportamento
O mandril é um animal social e vive em grupos de até 200 indivíduos, mas o normal e mais comum são grupo de até 80 macacos. Apesar dos machos serem maiores, mais pesados, mais coloridos, quem manda é uma fêmea, geralmente a mais velha e experiente do grupo, tendo como companheiro reprodutor, o macho dominante que protege o grupo de ameaças, enquanto a fêmea os lidera em busca de locais seguros e alimentos. Existe uma hierarquia social dentro do grupo, e os machos mais velhos costumam ocupar “cargos” de baixo escalão. Os machos jovens, ao atingir a maturidade sexual, abandonam o grupo de origem e, comumente, formam grupos de “solteiros”.
Dentro do seu grupo, os macacos mandris costumam passar muito tempo socializando entre si, através de brincadeiras e jogos, carícias, lambidas e coçando uns aos outros. Essas interações os ajudam a fortalecer laços sociais e habilidades de sobrevivência. Uma das formas de comunicação mais usadas entre eles é a vocalização: gritos altos, grunhidos agudos e ferozes, guinchos e latidos. Na maioria das vezes esse tipo de comunicação é usado apenas para demonstrar que estão bem-humorados, mas também podem servir para alertar sobre ameaças no grupo. Quando com raiva, costumam bater suas mãos e pés com força no chão e permanecerem em posição ereta e mostrar seus longos e fortes dentes caninos.
Alimentação e reprodução
A alimentação do macaco mandril é principalmente frugívera, ou seja, baseada em frutas, mas também incluem folhas, raízes, brotos e plantas e por vezes, até se aventuram comendo uma ampla gama de insetos, como besouros e formigas. Ovos, lagartos, roedores e até mesmo pequenos antílopes também fazem parte de sua dieta ocasional. São animais onívoros, facilmente adaptáveis a diversos tipos de alimentos disponíveis no local em que habitam.
Quanto à reprodução, os mandris chegam a maturidade sexual entre 3 a 5 anos de idade e a época de acasalamento varia de acordo coma região onde habitam, por isso, podemos dizer que acontece ao longo do ano. A gestação dura até 220 dias e normalmente nasce um filhote por vez. A competição entre machos é comum, como acontece em outras espécies de animais, e a fêmea dominante do grupo é a que tem mais chance de acasalar com o também dominante macho do grupo, que é seu parceiro reprodutor. Nos primeiros meses de vida, o filhote permanece agarrado a sua mãe, que o alimenta com leite materno e o ensina a escolher alimentos espalhados pelo seu ambiente. Somente aos 3 ou 4 anos de vida é que os filhotes passam a ser independentes.
Estado de conservação
Os macacos mandris são classificados pela IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza – como um grupo de animais vulnerável à extinção. Devido a degradação e destruição das florestas, a perda de habitat é um dos maiores perigos enfrentados por esses primatas atualmente. O comercio ilegal de animais selvagens para o mercado de pets também ameaça sua sobrevivência como espécie, além de que, em muitos locais da África por sua carne ser considerada uma iguaria, existe a caça ilegal.
Felizmente, existem algumas ações para proteger o macaco mandril, incluindo a criação de locais protegidos como parques e reservas florestais assim como programas de conscientização e ações de combate à caça ilegal. Apesar da população mundial de mandris ainda ser considerada satisfatória, existe um declínio desta em quase todo o alcance geográfico em que se encontram estes primatas.
Conclusão
Os macacos mandris são uma espécie fascinante e, como todas as outras, importantíssima para o equilíbrio do ecossistema e para a biodiversidade mundial. São inteligentes, possuem um complexo comportamento social e com habilidades cognitivas impressionantes, incluindo o uso de ferramentas: eles usam galhos para cavar buracos em busca de comida, quebram sementes e nozes com pedras e utilizam pedaços de madeira para conseguirem atravessar regiões alagadas. Cientistas, pesquisadores e entusiastas da natureza se surpreendem continuamente com as qualidades desse grupo de primatas. Urgente é a necessidade de protegê-los e o conhecimento sobre a espécie é o que torna isso possível.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre eles? Deixe seu comentário no campo abaixo e continue nos acompanhando.
Até a próxima! ♥