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Publicado – 16 Agosto 2024 – 12h30
Atualizado – 16 Agosto 2024 – 12h31
Considerada uma doença grave, a leishmaniose (ou calazar) é uma zoonose que também pode atingir os humanos e requer muita atenção. Por isso, no mês da prevenção contra a leishmaniose canina, é importante entender melhor sobre essa doença parasitária e como ela age no organismo animal.
Para te ajudar nessa missão, o Patas da Casa reuniu os principais fatos a respeito da patologia. Veja abaixo tudo que você precisa saber sobre a leishmaniose visceral canina e cutânea, além de como proteger o seu cachorro da doença!
1) A transmissão da leishmaniose acontece pela picada de um mosquito
A leishmaniose canina é uma doença parasitária causada por um protozoário chamado Leishmania, e o contágio ocorre por meio de um vetor: a fêmea do mosquito-palha. Ou seja, apesar de ser uma zoonose, não é o contato direto com um cachorro doente que vai contaminar os humanos. Na verdade, os cães são tão vítimas quanto nós!
Para que aconteça a transmissão, a fêmea do mosquito-palha precisa picar um animal infectado para contrair o parasita e se tornar um agente transmissor. Depois disso, em uma próxima picada, o mosquito contamina outros animais e pessoas.
2) Existem dois tipos de leishmaniose canina
Essa doença é dividida em dois tipos: a leishmaniose visceral canina e a leishmaniose cutânea (que também é chamada de leishmaniose tegumentar). A mais comum entre os cães é a primeira, que pode ter uma série de sintomas inespecíficos; enquanto a segunda afeta principalmente a pele (tecido cutâneo) do pet.
3) Os sinais da leishmaniose podem ser um pouco confusos
De acordo com a médica veterinária Ana Regina Torro, a leishmaniose cutânea apresenta sintomas mais fáceis de serem identificados. “As feridas da leishmaniose não cicatrizam, principalmente na cabeça e bordas das orelhas. Também podem ocorrer no nariz, boca e garganta. O pelo de cachorro fica feio, ensebado e a pele descama.”
Por outro lado, os sinais da leishmaniose visceral muitas vezes podem ser confundidos com outras doenças. O pet pode apresentar:
- Anorexia e anemia
- Perda de apetite
- Febre
- Aumento de gânglios linfáticos pelo corpo
- Aumento de baço e fígado
- Prostração e fraqueza
- Hemorragias nasais
- Dificuldade na cicatrização de feridas
- Nódulos e caroços
Em todo caso, é necessário ter muito cuidado com a doença. A leishmaniose canina, independentemente do tipo, costuma afetar e debilitar bastante o sistema imunológico dos cães, abrindo portas para várias outras enfermidades.
4) Instituto brasileiro criou um ‘teste rápido’ para a leishmaniose canina
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) criou um insumo nacional que poderá ser incluído no teste rápido responsável por diagnosticar quadros de leishmaniose visceral. O produto, que já foi avaliado em laboratórios e em breve começará a entrar em campo, pode ser usado tanto na população humana quanto nos cães, sendo o primeiro com essa dupla eficácia.
5) A leishmaniose não tem cura, mas tem tratamento
Até o momento, não existe cura comprovada cientificamente para a leishmaniose visceral ou cutânea. No entanto, é possível adotar tratamentos que ajudam a controlar os sintomas da doença e permitem melhor qualidade de vida ao pet. Tudo isso deve ser orientado por um médico veterinário de confiança, e o tratamento deve durar pelo resto da vida do animal.
Geralmente, indica-se a combinação de certos medicamentos para o controle da leishmaniose canina, que variam conforme os sintomas. Além disso, de acordo com um estudo publicado na revista científica Frontiers, a imunoterapia e imunoquimioterapia também podem servir como estratégias para melhorar a eficácia do tratamento da leishmaniose visceral em cães.
6) Existe vacina para a leishmaniose canina
Apesar de não ser uma vacina obrigatória, existe um imunizante que pode ajudar a proteger o seu amigo de quatro patas da leishmaniose canina. “A vacina só pode ser aplicada em cães sem sintomas e com teste negativo. Ela é interessante em regiões endêmicas e se houver animais infectados por perto”, explica a médica veterinária Ana Regina.
Ou seja, antes de vacinar o pet, é necessário ter certeza de que ele não foi contaminado. Para isso, recomenda-se realizar um teste sorológico antes de iniciar a vacinação. Essa vacina de cachorro pode ser aplicada a partir dos quatro meses de idade e é dividida em três doses.
7) Repelentes e coleiras antiparasitárias também ajudam a prevenir a doença
Por ser uma doença transmitida pela picada de mosquito, outras medidas que ajudam a prevenir a leishmaniose são o uso de repelentes e de coleiras específicas. Os repelentes de cachorro podem ser usados tanto em forma de spray quanto em pipetas.
Já a coleira contra leishmaniose canina libera substâncias pelo corpo do animal que agem como repelentes, afastando mosquitos e outros parasitas (como pulgas e carrapatos). Os preços variam entre R$ 80 e R$ 200, e o tempo de proteção vem indicado na embalagem do produto.
Se você vive em uma possível região endêmica, também pode adotar uma outra estratégia, que é colocar telas de proteção nas janelas de casa e mosquiteiros. Isso vai impedir a entrada de mosquitos e, consequentemente, evitar possíveis contaminações.