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A morte do ator Matthew Perry completa um ano nesta segunda-feira (28) e, antes de morrer, o artista — que conhecido por dar vida a Chandler na série “Friends” — falou sobre a carreira e seu problema com o vício em álcool e drogas no livro de memórias “Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível”, lançado no fim de 2022.
A estrela morreu aos 54 anos, devido aos “efeitos agudos” da cetamina, um poderoso sedativo, além de outros fatores que fizeram com que o ator perdesse a consciência e se afogasse em sua banheira de hidromassagem em outubro do ano passado, segundo a autópsia.
A trágica morte de Matthew Perry desencadeou uma investigação criminal que pode resultar em diversas prisões. Embora o ator estivesse em tratamento com a cetamina para enfrentar a ansiedade e a depressão na época de seu falecimento, o relatório da autópsia alegou que “a droga em seu organismo no momento da morte não poderia ser proveniente da terapia de infusão”.
Confira 10 curiosidades sobre o autor que talvez você não saiba, com base em seu livro de memórias
Matthew gravou para o filme “Não Olhe para Cima”
Sim! Matthew Perry participou de “Não Olhe para Cima”, filme lançado em 2021 e que contava com um grande elenco de peso como Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Timothée Chalamet, Cate Blanchett, Ariana Grande e Meryl Streep. No entanto, sua participação não foi utilizada.
No interlúdio de seu livro, ele cita: “Eu também fiz uma participação em ‘Não Olhe para Cima’, e, apesar de estar indo para uma reabilitação na Suíça, fui para Boston gravar minha parte. Lá, dei a ideia de uma fala para Adam [diretor e roteirista], ele adorou e fez dela o auge da cena, e esse sempre é o objetivo esperado (ele não usou a cena — essas m****s acontecem, tudo bem). A questão é que Adam McKay e eu nos demos muito bem, e lá estava ele, adorando a minha ideia”.
Algumas páginas a frente, ele volta a falar sobre o longa e desabafa: “A participação em ‘Não Olhe para Cima’ não deu certo porque a minha vida estava pegando fogo, mas aprendi uma lição importante: eu podia ser contratado para um projeto grande sem precisar dar um show”.
Ator namorou a irmã de Carrie Fisher
No começo de sua carreira em Los Angeles, Matthew Perry começou a namorar Tricia Fisher, filha do cantor Eddie Fisher e meia-irmã da atriz Carrie Fisher, conhecida por interpretar a Princesa Léa na franquia “Star Wars”.
Além de relatar um pouco sobre o relacionamento entre os dois, o ator agradeceu à atriz em sua trama. “Anos depois, Tricia e eu namoraríamos de novo, no auge de ‘Friends’. Ela não me abandonou, mas os antigos medos voltaram à tona, e terminei a relação”, escreveu.
Na sequência, ele ainda relata: “Mas agradeço a Tricia e a todas que vieram depois. E a todas as mulheres que abandonei simplesmente por medo de que elas me abandonassem, peço perdão do fundo do meu coração. Se eu soubesse na época tudo que sei agora…”
Entonação em falas de Chandler foi inspirada na adolescência do ator
O personagem, conhecido por suas tiragens sarcásticas, também possuía a característica de dar ênfase em algumas palavras de suas frases, como a marcante: “Eu poderia estar usando mais alguma roupa?” e a inspiração para isso, veio de sua adolescência, do jeito que o próprio Matthew falava com seus amigos.
Aos 14 anos, ele andava com dois irmãos, Chris e Brian Murry e desde a 3ª série, adotaram o seguinte jeito de falar: “’Será que o clima podia estar mais quente?’, ou ‘Será que o professor podia ser mais chato?’, ou ‘Será que a gente podia estar em mais detenções?’ — uma entonação que você talvez reconheça caso seja fã de ‘Friends’ ou se notou como os norte-americanos falam há umas duas décadas”, escreveu.
“Acho que não é exagero sugerir que Chandler Bing transformou o jeito como as pessoas nos Estados Unidos falam. Só para deixar registrado: essa transformação foi um resultado direto de Matthew Perry, Chris Murray e Brian Murray fazendo p***a nenhuma no Canadá nos anos 1980. Mesmo assim, de nós três, só eu fiquei rico. Felizmente, Chris e Brian nunca brigaram comigo por causa disso e continuam sendo meus amigos queridos e hilários”, citou.
Perry quase não interpretou o Chandler em “Friends” devido a uma série de aeroporto espacial
No 3º capítulo de seu livro, o artista conta de uma “L.A.X 2194”, a série que interpretou antes de “Friends” e que quase impediu que ele fosse escalado para o elenco do sitcom. Intitulada por ele como uma “comédia sci-fi”, a série falava sobre carregadores de malas no Aeroporto Internacional de Los Angeles, 200 anos no futuro e com alienígenas.
E como ele estava comprometido com essa produção, não poderia participar de outra série. Isso aconteceu bem no período em que “Friends”, na época, ainda intitulada pelos criadores como “Friends Like Us”, virou a febre para temporada de testes em Hollywood.
Na trama, Perry conta que de imediato, o seu personagem chamou a sua atenção. “Não era que eu achasse que seria capaz de interpretar ‘Chandler’; eu era o Chandler”, cita.
Felizmente, os executivos da TV que viram “L.A.X 2194” acharam o programa horrível, disse Perry, e ele foi liberado para correr atrás do papel de Chandler, que o tornou famoso.
Sua primeira atuação em um filme foi ao lado de River Phoenix
O primeiro emprego de Matthew Perry foi no filme “Uma Noite na Vida de Jimmy Reardon” (1988), em que o ator River Phoenix, o irmão do ator Joaquin Phoenix, era o protagonista. “Aquele filme era o meu primeiro emprego, e tenho plena consciência de que a história seria mais interessante se ele tivesse feito sucesso, mas tudo que importa é que aprendi a fazer um filme e conheci River, que era a personificação da beleza em todos os sentidos”, contou Matthew em seu livro.
Gravado em Chicago, nos Estados Unidos, Perry havia somente 17 anos quando deu vida a Fred Roberts, o melhor amigo do personagem Reardon, que ele descreveu como “riquinho e um pouco metido, além de sofrer de virgindade crônica”.
“Fred usaria uma boina de feltro cinza e uma jaqueta de couro por cima de camisa social e gravata, ah, e luvas de couro preto. No filme, o personagem de Reardon transa com a minha namorada, mas estava tudo bem, porque seria um privilégio levar um chifre do cara que o interpretaria”, relembrou sobre seu personagem.
Pai de Matthew Perry também era ator
John Bennett Perry, o pai de Matthew Perry, também foi ator e em 1997, eles atuaram juntos no filme “E Agora, meu Amor?, o 1º título em que Matthew foi protagonista. No livro, o ator cita a produção, em que recebeu 1 milhão de dólares para estrelar. “Até hoje esse deve ter sido meu melhor filme”, confessou.
Em uma ocasião, ambos os Perry também fizeram testes para a série de televisão “Second Chance”, que se tornou a 1ª série estrelada por Matthew, em 1987. No entanto, apenas o intérprete de Chandler foi aprovado. “A maneira como meu pai lidou com a notícia foi não indo a nenhuma gravação, com exceção da última. Ele teve seus motivos, eu imagino”, confessou em seu livro.
Matthew foi responsável pela participação de Bruce Willis em “Friends”
Ao longo das dez temporadas da sitcom, diversos atores fizeram participações especiais em “Friends” e o ator Bruce Willis, é um desses. Em seu livro, Matthew conta que foi o responsável pela atuação da estrela de “Duro de Matar” na série, após uma aposta sobre o filme “Meu Vizinho Mafioso”, estrelado por ambos em 2000.
“Bruce tinha suas dúvidas sobre o filme, mas eu tinha apostado com ele que daria certo — se ele perdesse, teria que fazer uma participação especial em ‘Friends’ (ele participou de três episódios da sexta temporada). ‘Meu Vizinho Mafioso’ foi o filme mais assistido nos Estados Unidos por três semanas seguidas”, contou.
Matthew já conhecia Jennifer Aniston antes de “Friends”
Antes de serem escalados e começarem a gravar a série, o ator cita que já conhecia Jennifer Aniston, a intérprete de Rachel Green e que chegou a se interessar por ela. “Três anos antes, Jennifer e eu tínhamos sido apresentados por amigos em comum. Eu me encantei (como poderia ser diferente?), gostei dela, e fiquei com a impressão de que ela também tinha se interessado. Talvez aquilo virasse mesmo alguma coisa”, introduziu em seu livro.
Na trama, ele conta que chegou a fazer uma ligação para a atriz para falar sobre os trabalhos que havia conquistado e a chamou para sair, mas recebeu um não.
“Logo no começo da produção de ‘Friends’, percebi que estava muito a fim de Jennifer Aniston. Nossos cumprimentos se tornaram desconfortáveis. E então eu ficava me perguntando: Por quanto tempo posso olhar para ela? Três segundos é muito? Mas essa sombra desapareceu sob o brilho quente da série (e também pelo desinteresse gritante dela)”, explica.
Ator terminou romance com Julia Roberts por achar que não era suficiente para ela
Em seu livro, Perry também fala sobre seu namoro com a atriz Julia Roberts, conhecida por filmes como “Uma Linda Mulher” e “Um Lugar Chamado Notting Hill”. Por lá, ele menciona sobre a rotina diária de flerte entre os dois, principalmente via fax. “Eu sorria feito um garoto de 15 anos flertando pela primeira vez”, citou ao lembrar de sua ex-companheira.
O romance, no entanto, só durou três meses e em abril de 1996, ele admitiu em um programa que estava solteiro. “Namorar Julia Roberts tinha sido demais para mim. Eu passava os dias tendo certeza absoluta de que ela terminaria comigo — e por que não faria isso? Eu não era suficiente; eu jamais poderia ser suficiente; eu estava destruído, avariado, não merecia amor. Então, em vez de encarar a agonia inevitável de perdê-la, terminei com a linda e brilhante Julia Roberts”, revela.
A atriz também realizou uma participação especial em “Friends” e anos depois, Matthew morreu exatamente no dia em que Julia Roberts completou 56 anos.
Matthew Perry foi a reabilitação pela 1ª vez aos 26 anos
Aos 26 anos, o ator foi pela primeira vez a uma clínica de reabilitação, após revelar o problema com o vício em álcool e drogas para uma ex-namorada no telefone. “Eu estava apavorado. Era uma realidade agora. Eu estava indo para a reabilitação com 26 anos”, citou em um trecho.
Foi nesta idade, que ele também passou pela sua primeira desintoxicação. No livro, Matthew também contou que ao todo, passou por mais de 65 desintoxicações ao longo de sua vida. “Fui a seis mil reuniões do A.A.(não é exagero, mas um palpite aproximado) [alcóolicos anônimos]. Já estive 15 vezes em clínicas de reabilitação. Fui internado em um hospital psiquiátrico, passei 30 anos fazendo terapia duas vezes por semana”, contou também ao longo do segundo capítulo.
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